“Até logo” de Serra irrita tucanos e desnuda maior crise do PSDB

A declaração do candidato derrotado à Presidência da República, José Serra (PSDB) – que em discurso sobre o resultado de domingo (31) disse que não dava um "adeus", mas um "até logo" – causou polêmica. Reservadamente, tucanos e aliados defendem uma renovação dos quadros da oposição nos próximos anos.

Vermelho.org

Serra escancarou a maior crise da história do PSDB, que terá de trabalhar para evitar que novas divisões internas prejudiquem a candidatura do tucano que concorrerá à eleição em 2014. A ideia é criar consenso em torno de um novo candidato já em 2012, evitando especulação e desgaste político que interfira no processo de escolha.

Ao contrário do que aconteceu nas últimas três eleições presidenciais – em 2002, José Serra disputou a vaga com Tasso Jereissati; em 2006, a briga foi com Geraldo Alckmin (que ganhou a queda de braço); e este ano Aécio Neves foi a pedra no caminho –, a cúpula tucana quer trabalhar nos dois anos antes da eleição em torno de um único nome.

Para líderes do partido, os rachas internos podem contribuíram para a derrota de Serra na disputa com Dilma Rousseff no segundo turno. “Precisamos ter um desenho sobre nosso candidato já daqui a dois anos. Não podemos ficar refém dessa divisão interna”, avalia Sérgio Guerra, presidente do partido e coordenador nacional da campanha tucana.

Segundo Guerra, ao pôr Aécio de escanteio na disputa, o partido criou um clima de constrangimento que pode ter interferido negativamente. “Quando o Aécio desistiu da candidatura, eu estava lá e liguei imediatamente para o Serra e para o Fernando Henrique para dizer que eu tinha visto uma tristeza e um constrangimento muito forte do Aécio. Eu disse a eles: temos que trabalhar isso”, chegou a admitir Guerra.”
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