“Integrantes do PSDB avaliam que ele foi personalista e não ajudou a promover os novos passos da legenda
A declaração do candidato derrotado à Presidência da República, José Serra (PSDB), que em discurso sobre o resultado de anteontem disse que não dava um "adeus", mas um "até logo", causou polêmica entre tucanos e aliados, que reservadamente defendem uma renovação dos quadros da oposição nos próximos anos.
Serra, ao reconhecer a vitória da candidata do PT, Dilma Rousseff, sinalizou que não sairá da vida pública, embora não tenha mencionado se pretende voltar a disputar algum cargo eletivo. Houve repercussão negativa da declaração junto a aliados que se incomodaram com a frase "o povo não quis que fosse agora", usada por ele para falar da derrota.
No bastidor, integrantes do PSDB avaliam que Serra foi personalista na colocação e não promoveu o que deveriam ser os novos passos do partido, no momento em que sofre a segunda derrota na disputa pela Presidência da República. Há uma cobrança pela reconstrução do PSDB e a adoção imediata de uma bandeira para defender, como a reforma política, durante os quatro anos de administração Dilma.
Na visão desses tucanos, o posicionamento de Serra manifestado ontem impede a criação de um novo canal de interlocução com a sociedade, o que, segundo eles, pode ser decisivo para o fortalecimento da legenda e da oposição no País. E questionam qual espaço político será utilizado pelo candidato derrotado para ser um "militante produtivo".
O pano de fundo para o descontentamento interno de parte do PSDB é a briga, ainda discreta, por espaço político na legenda. Os principais protagonistas dessa disputa velada são os serristas e os entusiastas do governador eleito de São Paulo, Geraldo Alckmin, e do senador eleito Aécio Neves (MG).”
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Roberto Almeida e Julia Duailibi, O Estado de S.Paulo
A declaração do candidato derrotado à Presidência da República, José Serra (PSDB), que em discurso sobre o resultado de anteontem disse que não dava um "adeus", mas um "até logo", causou polêmica entre tucanos e aliados, que reservadamente defendem uma renovação dos quadros da oposição nos próximos anos.
Serra, ao reconhecer a vitória da candidata do PT, Dilma Rousseff, sinalizou que não sairá da vida pública, embora não tenha mencionado se pretende voltar a disputar algum cargo eletivo. Houve repercussão negativa da declaração junto a aliados que se incomodaram com a frase "o povo não quis que fosse agora", usada por ele para falar da derrota.
No bastidor, integrantes do PSDB avaliam que Serra foi personalista na colocação e não promoveu o que deveriam ser os novos passos do partido, no momento em que sofre a segunda derrota na disputa pela Presidência da República. Há uma cobrança pela reconstrução do PSDB e a adoção imediata de uma bandeira para defender, como a reforma política, durante os quatro anos de administração Dilma.
Na visão desses tucanos, o posicionamento de Serra manifestado ontem impede a criação de um novo canal de interlocução com a sociedade, o que, segundo eles, pode ser decisivo para o fortalecimento da legenda e da oposição no País. E questionam qual espaço político será utilizado pelo candidato derrotado para ser um "militante produtivo".
O pano de fundo para o descontentamento interno de parte do PSDB é a briga, ainda discreta, por espaço político na legenda. Os principais protagonistas dessa disputa velada são os serristas e os entusiastas do governador eleito de São Paulo, Geraldo Alckmin, e do senador eleito Aécio Neves (MG).”
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