Serra precisa de uma fita crepe

Mário Augusto Jakobskind, Direto da Redação

“Que coisa lamentável o comportamento da mídia de mercado, leia-se no caso TV Globo e Folha de São Paulo, querendo demonstrar que José Serra foi vítima de agressão na cabeça com fita adesiva. A emissora apresentou uma imagem de má qualidade feita por um repórter da Folha de São Paulo para “demonstrar” que Serra foi agredido, isso depois de receber uma bola de papel na cabeça, cuja imagem é claríssima, enquanto a da ”prova” da agressão é de péssima qualidade. Não seria o caso de perguntar: por que o cinegrafista da Globo e de outras emissoras lá presente não captaram a agressão que Serra diz ter sofrido? E por que será que a Vênus Platinada teve de recorrer a imagem precária de um repórter da Folha de S. Paulo para “confirmar a agressão”? E ainda por cima convocar o polêmico técnico Molina, questionado em outras ocasiões ao analisar laudos.

Como se tudo isso não bastasse, Paulo Henrique Amorim em sua página Conversa Fiada (www.paulohenriqueamorim.com.br comprova definitivamente, através de José Antonio Meira da Rocha, professor de Jornalismo Gráfico da Universidade Federal de Santa Maria, no Rio Grande do Sul, que a imagem apresentada não mostra nenhuma fita crepe na cabeça de Serra. Esqueceram-se de uma coisa, como assinala Amorim, que qualquer pessoa pode gravar TV e passar quadro a quadro. Aí o que aconteceu no caso? A imagem ficou clara mostrando que não ha nenhum rolo de fita crepe sendo arremessado na cabeça de Serra.

Esqueceram-se de lembrar um fato importante: os organizadores da campanha de Serra no Rio foram promover um ato exatamente nas proximidades da sede dos mata-mosquitos, categoria que foi maltratada pelo então Ministro da Saúde, hoje candidato à Presidência, que demitiu um bom número deles, em 1999, o que provocou a piora de condições de combate a dengue no Rio. Os mata-mosquitos, ao contrário da mídia de mercado no caso, não esqueceram de Serra e por isso decidiram protestar no calçadão de Campo Grande. Foram contestados pelos correligionários de Serra, ocorrendo a “batalha campal”. Cada lado se defende dizendo que a culpa é do outro.

Serra quis posar de vítima de uma fita crepe, e não de uma bolinha de papel, com a ajuda, do ex-secretário de Saúde de Cesar Maia, o ex-comunista Jacob Kligerman, das Organizações Globo, da Folha de S.Paulo e de outros órgãos de imprensa que deixaram o jornalismo de lado para se engajar na campanha do candidato da aliança PSDB, DEM-PPS etc.”
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