Para analistas, papel de Aécio no 2º turno é incógnita

O ex-governador Aécio Neves (PSDB), que se elegeu senador por Minas Gerais no último domingo e apoiou as candidaturas vencedoras do correligionário Antônio Anastasia ao governo do Estado e de Itamar Franco (PPS) à outra cadeira no Senado, é apontado como um dos possíveis trunfos da oposição para turbinar a campanha do tucano José Serra no segundo turno da disputa presidencial.

João Fellet, BBC Brasil

Analistas ouvidos pela BBC Brasil avaliam, no entanto, que - apesar das expectativas do PSDB e do aceno favorável de Aécio - o engajamento do mineiro na campanha de Serra é tão incerto quanto a sua capacidade de reverter os votos da candidata Dilma Rousseff (PT) em Minas.

A oposição espera que, com o apoio de Aécio, Serra melhore substancialmente o seu desempenho no Estado, o segundo maior colégio eleitoral do país, com 11% do total de eleitores.
No primeiro turno, Serra obteve 30,76% dos votos em Minas, contra 46,98% de Dilma. O desempenho do tucano no Estado foi inferior à sua média nacional (32,61%).

Participação 'ostensiva'

Segundo o ex-prefeito do Rio de Janeiro César Maia (DEM), a vitória eleitoral de Aécio estimulará uma participação "ostensiva" do PSDB mineiro na campanha.

Para o senador Álvaro Dias (PSDB-PR), "agora eles (PSDB mineiro) poderão se dedicar exclusivamente à corrida presidencial".

Na segunda-feira, durante o velório de seu pai (o ex-deputado federal Aécio Cunha), Aécio já se colocou à disposição para atuar na campanha "da forma que Serra achar mais adequado" e recebeu visitas do próprio candidato tucano e de outras lideranças do partido.

Respaldando a declaração do colega, o presidente do PSDB em Minas, o deputado federal Nárcio Rodrigues, diz que a sigla vai entrar "de peito aberto" na campanha tucana.

"Estamos conscientes da nossa responsabilidade", afirmou Rodrigues. Segundo ele, Aécio e a cúpula do PSDB de Minas se reunirão nesta quinta-feira em Brasília com lideranças nacionais da sigla para tratar da participação na campanha.

Mas cientistas políticos avaliam que, mesmo engajado na campanha, Aécio pode não ter tanto poder de fogo.

Para Malco Camargos, professor de Ciências Política da Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC Minas), "a hegemonia de Aécio em Minas vale muito para eleições estaduais, mas não tanto para eleições federais".

Camargos lembra a eleição presidencial de 2006, quando, mesmo apoiado por Aécio, o tucano Geraldo Alckmin perdeu para Lula em Minas nos dois turnos.”
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Comentários

Unknown disse…
O que sabemos pelo menos é que serra vai levar para os comícios FHC e o Dantas,
“Serra muda de rumo e defende legado (ué, ele morreu ? Não me avisaram – PHA) de FH na campanha.”
“Aécio diz que tucanos ao devem se envergonhar das privatizações.”