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“O depoimento do jornalista Amaury Martins Ribeiro Júnior, dado à Polícia Federal no último dia 15 de outubro e publicado nesta sexta-feira (22) pelo site do jornal O Estado de S.Paulo, relata a investigação que ele diz ter feito sobre o processo de privatização das empresas de telecomunicações durante a gestão do presidente Fernando Henrique Cardoso (1995-2002) e o esquema de espionagem que teria sido montado por pessoas próximas ao candidato presidencial tucano José Serra contra o então governador de Minas Gerais Aécio Neves, ambos do PSDB.
O depoimento também detalha os contatos que Amaury diz ter mantido com o jornalista Luiz Lanzetta, da empresa Lanza Comunicações, segundo Amaury contratada para cuidar das comunicações da pré-campanha da candidata Dilma Rousseff. Esses trechos podem ser lidos na reportagem: Jornalista afirma que Falcão, do PT, copiou sua investigação.
Em seguida, trechos inicias do depoimento publicado nesta sexta-feira. Ao falar sobre o motivo das investigações, Amaury Júnior diz o seguinte:
"...esclarece que trabalhava na compilação dos dados das privatizações do governo Fernando Henrique Cardoso em que tinha Ricardo Sérgio de Oliveira como operador principal da formação dos consórcios que participaram das privatizações das teles, cobrança de propina e criação do modus operandi para para internar valores escusos das Ilhas Virgens Britanicas no Brasil, que inclusive se compromete a oferecer para a juntada dos autos o material coletado ao longo do seu trabalho, o qual esclarecerá o detalhadamente o esquema mencionado acima".
Segundo o jornalista, a investigação - iniciada por vontade dele - começou quando Amaury trabalhava para o jornal O Globo, na sucursal de São Paulo, há cerca de 10 anos. Depois disso, ele ingressou no Jornal do Brasil, onde publicou a primeira reportagem sobre o assunto, envolvendo Ricardo Sérgio.
Em seu relato, Amaury Júnior diz ainda que:
"...em 2003 teve acesso a dados enviados pela promotoria de Nova Iorque à CPI do Banestado e à Polícia Federal, dos quais constava que Ricardo Sérgio movimentava milhões de dólares, por meio de doleiros, no exterior, inclusive em paraísos fiscais.
Ele lembra que publicou matérias jornalísticas sobre tais documentos e fatos, na revista Isto É, no ano de 2003, tendo sido, então, processado judicialmente, por danos morais, por Ricardo Sérgio.
O relato prossegue:
"...na sua defesa, na exceção da verdade, obteve ordem judicial destinada à CPI do Banestado para que fossem entregues todos os documentos que apontassem movimentação de valores de Ricardo Sérgio de Oliveira no exterior, além de outras pessoas relacionadas ao processo de privatização de empresas estatais brasileiras, dentre elas Gregório Marin Preciado, Carlos Jereissati, Ronaldo de Souza, sócio de Ricardo Sérgio, sempre com apontamentos de transações financeiras entre elas no exterior".
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