Eduardo Neco, Portal IMPRENSA
“A demissão da psicanalista Maria Rita Kehl do jornal O Estado de S.Paulo, na semana passada, gerou mobilização além dos protestos pontuais na Internet; tornou-se manifesto ratificado por mais de duas mil pessoas, em cinco dias, e suscitou discussões a respeito do posicionamento dos meios de comunicação diante da contrariedade. No Senado, Eduardo Suplicy (PT-SP) chegou a requisitar, no Plenário, sua readmissão.
Apesar de Maria Rita considerar legítimo o abaixo-assinado e ser grata à solidariedade dos internautas contrariados com a decisão do jornal, não crê que ele seja capaz de reverter seu desligamento, mas reconhece a legitimidade da iniciativa, já que expõe "a falta de isenção da grande imprensa em relação a assuntos e opiniões que estejam em desacordo com a posição política do jornal".
Em entrevista ao Portal IMPRENSA, a psicanalista afirmou que o Estadão não se submete a avaliações de terceiros; fato exemplificado, segundo ela, pelo suposto posicionamento de seu diretor de conteúdo, Ricardo Gandour, ao saber do abaixo-assinado. "A consideração dos editores pelos leitores que discordam da linha do jornal é tão pequena que o Gandour, que decidiu cancelar minha coluna, qualificou o protesto dos leitores de histeria. Onde já se viu um jornalista que despreza a opinião pública dessa forma?", indagou.
Maria Rita criticou a concentração dos meios e o uso do poder de comunicar em favor de interesses pessoais. "O fim da minha coluna foi um pretexto para discutirmos o direito à informação e à livre opinião no Brasil, onde meia dúzia de grandes famílias detém os mais importantes meios de comunicação e decidem o que a população deve ou pode saber".
Mesmo descrente de que o Estadão retroceda, a articulista afirmou que, eventualmente, voltaria a escrever para o diário. "Se o conselho editorial do Estadão fosse tão flexível a ponto de voltar atrás, claro que eu retomaria o posto perdido. Sob condição de preservar a mesma liberdade que eu pensava ter até o dia 5 de outubro", disse. "Mas veja, estamos nos referindo a uma hipótese completamente fantasiosa", advertiu.”
“A demissão da psicanalista Maria Rita Kehl do jornal O Estado de S.Paulo, na semana passada, gerou mobilização além dos protestos pontuais na Internet; tornou-se manifesto ratificado por mais de duas mil pessoas, em cinco dias, e suscitou discussões a respeito do posicionamento dos meios de comunicação diante da contrariedade. No Senado, Eduardo Suplicy (PT-SP) chegou a requisitar, no Plenário, sua readmissão.
Apesar de Maria Rita considerar legítimo o abaixo-assinado e ser grata à solidariedade dos internautas contrariados com a decisão do jornal, não crê que ele seja capaz de reverter seu desligamento, mas reconhece a legitimidade da iniciativa, já que expõe "a falta de isenção da grande imprensa em relação a assuntos e opiniões que estejam em desacordo com a posição política do jornal".
Em entrevista ao Portal IMPRENSA, a psicanalista afirmou que o Estadão não se submete a avaliações de terceiros; fato exemplificado, segundo ela, pelo suposto posicionamento de seu diretor de conteúdo, Ricardo Gandour, ao saber do abaixo-assinado. "A consideração dos editores pelos leitores que discordam da linha do jornal é tão pequena que o Gandour, que decidiu cancelar minha coluna, qualificou o protesto dos leitores de histeria. Onde já se viu um jornalista que despreza a opinião pública dessa forma?", indagou.
Maria Rita criticou a concentração dos meios e o uso do poder de comunicar em favor de interesses pessoais. "O fim da minha coluna foi um pretexto para discutirmos o direito à informação e à livre opinião no Brasil, onde meia dúzia de grandes famílias detém os mais importantes meios de comunicação e decidem o que a população deve ou pode saber".
Mesmo descrente de que o Estadão retroceda, a articulista afirmou que, eventualmente, voltaria a escrever para o diário. "Se o conselho editorial do Estadão fosse tão flexível a ponto de voltar atrás, claro que eu retomaria o posto perdido. Sob condição de preservar a mesma liberdade que eu pensava ter até o dia 5 de outubro", disse. "Mas veja, estamos nos referindo a uma hipótese completamente fantasiosa", advertiu.”
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