“Para os pesquisadores, a ênfase à questão expõe conservadorismos, mas ainda não põe em risco avanços científicos, como pesquisas com células-tronco
Cida de Oliveira, Rede Brasil Atual
A intensidade com que assuntos morais figuram na pauta dos candidatos à Presidência da República é um retrocesso, na opinião da imunologista Milena Botelho Pereira Soares, pesquisadora da Fundação Oswaldo Cruz da Bahia. “Questões como aborto não deveriam ter espaço na agenda dos candidatos. Cabe a eles discutir as propostas que têm”, critica.
A cientista, que investiga meios de utilizar células-tronco da medula óssea ou cardíacas no tratamento de males causados ao coração pela Doença de Chagas, não acredita, no entanto, que a onda de conservadorismo prejudique pesquisas como as que ele desenvolve.
A visão é compartilhada pela geneticista Lygia da Veiga Pereira, do Instituto de Biociências da USP, responsável pela criação da primeira linhagem brasileira de células-tronco embrionárias humanas extraídas de embriões congelados em clínicas de fertilização, que as jogariam no lixo.
“O uso de embriões nas pesquisas é amparado por lei”, afirma a geneticista. A lei em questão é o artigo 5º da lei 11.105/05, conhecida como Lei de Biossegurança, que permite o uso de embriões humanos produzidos por fertilização in vitro que não foram usados no respectivo procedimento.
Segundo as cientistas, a grande confusão que se faz entre células-tronco e aborto está relacionada a aspectos filosóficos e religiosos sobre o início da vida. Seja como for, conforme elas, estudos apontam para fontes de células que, além de versáteis como as embrionárias, não apresentam problemas, como a geração de tumores.
O tema do aborto emergiu no debate eleitoral em função de uma movimentação de setores da Igreja Católica e de igrejas evangélicas que acusam o PT e a candidata Dilma Rousseff de serem favoráveis ao aborto. A legenda se posiciona sobre a discriminalização de mães que recorrem à prática, sem alterar a legislação em outros pontos. Porém, a pressão levou a concorrente governista à Presidência a assumir compromissos de não fazer alterações na lei em temas sensíveis para esses setores.”
Cida de Oliveira, Rede Brasil Atual
A intensidade com que assuntos morais figuram na pauta dos candidatos à Presidência da República é um retrocesso, na opinião da imunologista Milena Botelho Pereira Soares, pesquisadora da Fundação Oswaldo Cruz da Bahia. “Questões como aborto não deveriam ter espaço na agenda dos candidatos. Cabe a eles discutir as propostas que têm”, critica.
A cientista, que investiga meios de utilizar células-tronco da medula óssea ou cardíacas no tratamento de males causados ao coração pela Doença de Chagas, não acredita, no entanto, que a onda de conservadorismo prejudique pesquisas como as que ele desenvolve.
A visão é compartilhada pela geneticista Lygia da Veiga Pereira, do Instituto de Biociências da USP, responsável pela criação da primeira linhagem brasileira de células-tronco embrionárias humanas extraídas de embriões congelados em clínicas de fertilização, que as jogariam no lixo.
“O uso de embriões nas pesquisas é amparado por lei”, afirma a geneticista. A lei em questão é o artigo 5º da lei 11.105/05, conhecida como Lei de Biossegurança, que permite o uso de embriões humanos produzidos por fertilização in vitro que não foram usados no respectivo procedimento.
Segundo as cientistas, a grande confusão que se faz entre células-tronco e aborto está relacionada a aspectos filosóficos e religiosos sobre o início da vida. Seja como for, conforme elas, estudos apontam para fontes de células que, além de versáteis como as embrionárias, não apresentam problemas, como a geração de tumores.
O tema do aborto emergiu no debate eleitoral em função de uma movimentação de setores da Igreja Católica e de igrejas evangélicas que acusam o PT e a candidata Dilma Rousseff de serem favoráveis ao aborto. A legenda se posiciona sobre a discriminalização de mães que recorrem à prática, sem alterar a legislação em outros pontos. Porém, a pressão levou a concorrente governista à Presidência a assumir compromissos de não fazer alterações na lei em temas sensíveis para esses setores.”
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