Juliana Prado, Portal Terra
“Durante as duas extensas entrevistas que concedeu neste domingo, em Belo Horizonte, o ex-governador de Minas Gerais Aécio Neves (PSDB) admitiu, repetidas vezes, a chance de vitória da presidenciável petista Dilma Rousseff no segundo turno. Senador eleito pelo Estado, o tucano chegou a insinuar que pode liderar a oposição caso as urnas confirmem a vitória da candidata do presidente Lula.
Aécio propôs, inclusive, uma revisão no seu partido. "O PSDB, qualquer que seja o resultado da eleição, tem que assumir de forma mais clara e explícita seu passado, sua história. Eu, por exemplo, tenho um orgulho enorme do presidente Fernando Henrique", afirmou. Ele também declarou que Serra foi um "leão", um "lutador" ao defender com vigor suas propostas no segundo turno.
O senador eleito chegou a defender o processo de privatizações ocorrido no país na gestão de FHC, principalmente com a desestatização da telefonia no Brasil. Segundo ele, a privatização do setor trouxe um "avanço extraordinário para o País". A venda de estatais foi o ponto central dos ataques da candidatura de Dilma Rousseff à gestão tucana.
A estratégia de campanha ex-ministra da Casa Civil foi passar ao eleitor a impressão de que o PSDB prejudicou o Brasil ao priorizar este estilo de gestão. Como fez ao longo do primeiro turno, o ex-governador de Minas voltou a atrelar as conquistas do atual governo federal aos oito anos da gestão tucana que o antecederam.
"Se o Brasil vai bem hoje, é em grande parte, porque estabilizamos a economia". Além da defesa do "legado" tucano, Aécio também voltou a admitir a vitória de Dilma ao mandar recados ao Planalto e falar como potencial liderança tucana a partir de 2011: "Quero ver um governo generoso, que não queira dividir o Brasil entre pobres e ricos, bonitos e feios".
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