Renda dos mais pobres cresce em ritmo chinês, calcula FGV

10% mais pobres aumentam a renda em 7.6%, enquanto crescimento dos 10% mais ricos é de 1,5%

Sabrina Lorenzi, iG

Os extratos de renda mais baixos da pirâmide social brasileira cresceram a taxas chinesas nos últimos sete anos, enquanto o ganho dos mais ricos ficou aquém da média nacional. De 2003 a 2009, o ganho dos 10% mais pobres aumentou 7,6% ao ano, enquanto o rendimento recebido pelos que estão no extremo oposto, os 10% mais ricos, ficou 1,5% maior. No mesmo período, a renda per capita média dos brasileiros, medida pela Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), acumulou 5,3% ao ano.

"O tamanho do bolo está crescendo mais rápido e com mais fermento entre os mais pobres. O Brasil está prestes a atingir seu menor nível de desigualdade de renda desde registros iniciados em 1960", avalia o chefe do Centro de Estudos Sociais do Fundação Getúlio Vargas (FGV), Marcelo Neri. As mesmas taxas chinesas se repetem entre os demais extratos de renda que tratam dos 40% mais pobres. Entre os 20% mais pobres, o aumento é de 8,01%.”
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