Mentiras não se sustentam

Mair Pena Neto, Direto da Redação

“Com a sucessão de pesquisas que apontam uma vitória de Dilma Rousseff no primeiro turno – Datafolha, 8 pontos de vantagem; Ibope, 11 pontos e Vox Populi, 16 pontos – ficou evidente a diferença de substância entre as duas campanhas. Dilma não precisaria fazer muito, além de se apresentar como a candidata de Lula e da continuidade. E o fez. Mas José Serra se mostrou perdido num perfil de não oposicionista, que deixou sua candidatura sem sentido.
Se não é candidato para mudar o que Lula está fazendo, por que se lançou? Serra fez até agora uma campanha esquizofrênica, que não fala mal do atual governo, mas também não se legitima para sucedê-lo já que Lula indicou Dilma para isso, e ela se credenciou pelos papéis relevantes que exerceu no governo.

Pior do que uma candidatura indefinida, Serra fez sua campanha baseada na mentira, que foi coroada com o slogan de sua propaganda eleitoral, pregando que “depois do Silva entra o Zé”. Ora, quem é Zé? Alguém conhece alguém que chame José Serra assim? O tucano parece uma figura popular que se permita ser tratado de forma tão simples? Os jornais passarão a chamá-lo dessa maneira nas notícias sobre ele?

Claro que não. Zé é um apelido falso, caricato, que não corresponde ao personagem que pretende representar. É como o Geraldo, forma com que tentaram tratar o Alckmin na campanha presidencial de 2006, na mesma tarefa marqueteira frustrada de popularizar o que não é popular.

O atual candidato tucano sempre foi conhecido como Serra. Transfigurá-lo em Zé é uma idéia ridícula de aproximá-lo de alguma maneira à figura de Lula, esse sim, sempre tratado dessa maneira, com tal informalidade, pelo povo e pela mídia. Lula é uma figura do povo. Serra não é. A pior coisa para um político e para qualquer pessoa é tentar se passar pelo que não é.”
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