Para socióloga, Serra segue política de factoides

Ao relacionar centrais sindicais a "profissionais da mentira", o candidato foge de debate real acerca do papel da mobilização em torno dos trabalhadores

Suzana Vier, Rede Brasil Atual

As recentes acusações de José Serra, candidato do PSDB à Presidência, contra as centrais sindicais refletem a cultura política brasileira de encobrir a falta de propostas com factoides. A avaliação é da professora de Sociologia da Universidade Estadual Paulista (Unesp) Loriza Lacerda.

"O processo eleitoral no Brasil se notabiliza por uma coisa muito chamativa. Como não tem proposta, não tem muito o que apresentar ou não há a possibilidade de superação das dificuldades, vem a construção dos factoides", analisa a docente.

Loriza acredita que ao relacionar as centrais sindicais a "profissionais da mentira", o candidato não age em virtude de "uma reflexão profunda acerca das centrais". O pronunciamento de Serra seria mais uma estratégia política para testar o peso de cada tema.

"Acho que é muito mais uma postura de ir fazendo balões de ensaio para perceber o que seria interessante trabalhar ao longo desse período, uma vez que as propostas são muito pontuais e repetitivas, muito pouco inovadoras. Mais que tudo, pouco corajosas", aponta.”
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