O vice de Serra

Mário Augusto Jakobskind, Direto da Redação

“O emergente da Barra, Índio da Costa, imposto pelo Demo como vice de José Serra, em pouco mais de uma semana já mostrou em que time joga. É jovem para a política, mas velho no ideário, pois está sintonizado na linguagem da Guerra Fria, que tanto mal causou ao Brasil. Resta agora saber exatamente que setores o instruíram para lançar as baboseiras que anda dizendo. Este Índio inclusive envergonha a etnia indígena, porque o seu nome associa negativamente a esse grupo que faz parte da nacionalidade brasileira. E depõe também contra o Rio de Janeiro.

Na verdade, a cria de Cesar Maia é um exemplo concreto da mediocridade da direita brasileira, que quando se vê em momento de aperto, no caso em função da campanha eleitoral, apela para tudo, inclusive a mentira e a manipulação da informação, imaginando que com isso obterá dividendos eleitorais.

Os argumentos levantados pelo (tiremos o índio em homenagem aos indígenas) da Costa são oriundos do manancial programático da CIA na América Latina e que Serra também encampou. Na verdade o candidato do PSDB começou com a história de narcotráfico tentando envolver o governo boliviano. Não colou, apenas demonstrou o perigo para a integração latino-americana que representa o ideário tucano.

Associar a esquerda na América Latina com o narcotráfico, como fez da Costa em relação ao PT e as Farcs, faz parte do jogo de queimar a imagem de grupos que não aceitam o ideário da potência hegemônica. É o que fez o deputado da Costa, o que não chega a ser propriamente uma novidade. No mesmo diapasão da direita se insere o recente pronunciamento do presidente da Sociedade Interamericana de Imprensa (SIP), Alejandro Aguirre. Este dirigente máximo da entidade que representa o patronato midiático das Américas gratuitamente destilou ódio contra o Presidente Lula, considerando-o um dos “falsos democratas” da região. Aguirre também se valeu do linguajar da Guerra Fria para atacar o Presidente brasileiro.

Na verdade, os integrantes da SIP, responsáveis pelo jornalismo de mercado que se lê, vê e ouve na região, andam muito preocupados com ampliação dos debates sobre a mídia na região e que o Brasil começa a dar os primeiros passos, sobretudo depois da realização da I Confecom (Conferência Nacional de Comunicação).”
Artigo Completo, ::Aqui::

Comentários