Tucano joga contra a integração

Mário Augusto Jakobskind, Direto da Redação

“Estamos em clima de Copa do Mundo, mas nem por isso podemos esquecer o que se passa por aqui e pelo mundo. A campanha eleitoral ainda não chegou a pegar fogo. Tivemos apenas um trailer do que vem por aí. Os meios de comunicação elegeram apenas três candidatos para apresentar. Os demais, entre os quais Plínio de Arruda Sampaio, do PSOL, figura histórica com participação ativa até antes de 64, um marco negativo da história brasileira, são redondamente ignorados. Independente do juízo de valores fica mal para o jornalismo esse tipo de cobertura.

Mas antes de passarmos a bola para a seleção de Dunga, vale a pena assinalar um fato grave partido de um dos candidatos à Presidência da República. Em entrevista para uma rádio carioca, o tucano José Serra não fez por menos em matéria de relacionamento com os países vizinhos. Gratuitamente, tentando fazer média com eleitores desavisados, o pré-candidato (todos são teoricamente pré até as convenções partidárias) demo-tucano acusou o governo boliviano de Evo Morales de “cúmplice do tráfico” de cocaína no Brasil.

A irresponsável declaração do ex-governador de São Paulo se deu quando ele falava sobre a criação de um ministério para área da segurança pública de combate, entre outros crimes, ao tráfico de drogas. Já foi comentado aqui neste espaço que se trata de uma declaração do tipo para enganar os incautos, até porque o tema em questão está afeto ao Ministério da Justiça e não necessita da criação de nada de especial, pois o que existe dá conta do recado.

A declaração de Serra sobre a Bolívia, com a complementação de que o governo Morales faz “corpo mole” no combate ao tráfico, é totalmente inverídica e só pode ser entendida como uma provocação barata à integração sul-americana, em processo adiantado de desenvolvimento no governo Lula.”
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