“O sucesso da diplomacia brasileira em Teerã abre espaço para se repensar em uma nova ordem mundial (que, aliás, foi assunto da coletiva dos presidentes no Irã). A liderança do Brasil na cena internacional se consolida e o cacife dos países emergentes aumenta.
Washington Araújo, Carta Maior
De qualquer ângulo que se analise uma coisa é certa: não há como negar o valor histórico e o significado inquestionável para a estabilidade mundial que foi sinalizado pelo acordo fechado em Teerã no dia 17 de maio de 2010. O Irã celebrou um acordo com o Brasil e a Turquia, para uma troca de urânio em território turco e com esta decisão foi pavimentada a estrada que leva à resolução da crise com as potências mundiais sobre seu programa nuclear e ao mesmo tempo mostra a sua determinação em prosseguir o enriquecimento. O acordo, resultado da mediação do Brasil e da Turquia, foi assinado pelos ministros dos Negócios Estrangeiros dos três países com os presidentes do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, e do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva eo primeiro-ministro Turquia, Recep Tayyip Erdogan.
O Brasil foi o grande mediador, apostou no diálogo, ganhou. Apostou no bom senso contra a truculência das nações mais desenvolvidas do mundo, não por acaso as maiores fabricantes de armas e também incitadoras de ruinosas guerras, e ganhou novamente. A Turquia, embora coadjuvante, merece parte dos louros, por oferecer seu território para receber do Irã cerca de 1.200 quilos de Urânio enriquecido a 3,5%. Mas quem ganha mesmo são aqueles que apostaram na diplomacia como vacina maior a proteger as nações de ruinosos conflitos armados.
Ganha quem sabe que as guerras produzem apenas cemitérios e também lucros estratosféricos para a indústria bélica, também corretamente alcunhada de indústria da morte. A par disso, vitória de não menor importância deu-se na seara dos direitos humanos: Segundo a agência de notícias Reuters, o presidente do Irã Mahmoud Ahmadinejad, fez um afago no presidente Lula: “O Irã libertou Clotilde Reiss, professora francesa condenada por espionagem depois dos protestos realizados no ano passado contra o governo. Ela ficou presa por 10 meses”. Já a France Presse, em Paris postou o seguinte: “O presidente francês Nicolas Sarkozy agradeceu aos presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva... por seu papel ativo na libertação da professora universitária francesa Clotilde Reiss detido no Irã em julho de 2009”.
Há poucos meses o jornal Folha de S.Paulo (29/01/2010) também levantou bandeiras contra o esforço brasileiro para tentar a paz nuclear naquele que é seu atual olho do furacão – o Irã. Trecho do editorial afirmava que "...o país segue emitindo sinais de incoerência para a comunidade internacional: excede-se na defesa do que decide ser melhor para a democracia em Honduras, mas propugna a volta de Cuba - uma óbvia ditadura - à OEA, omite-se diante do autoritarismo de Chávez e flerta com o Irã..." Também não faltou colunista de Veja (edição de 19/5/2010) vociferando contra mais esta ousada ação da política externa brasileira e recomendando do alto de sua sapiência humanista que o presidente Lula deveria ter abdicado de ir ao Irã e assim usar “o tempo para esvaziar suas gavetas no Planalto”.
Artigo Completo, ::Aqui::
Washington Araújo, Carta Maior
De qualquer ângulo que se analise uma coisa é certa: não há como negar o valor histórico e o significado inquestionável para a estabilidade mundial que foi sinalizado pelo acordo fechado em Teerã no dia 17 de maio de 2010. O Irã celebrou um acordo com o Brasil e a Turquia, para uma troca de urânio em território turco e com esta decisão foi pavimentada a estrada que leva à resolução da crise com as potências mundiais sobre seu programa nuclear e ao mesmo tempo mostra a sua determinação em prosseguir o enriquecimento. O acordo, resultado da mediação do Brasil e da Turquia, foi assinado pelos ministros dos Negócios Estrangeiros dos três países com os presidentes do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, e do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva eo primeiro-ministro Turquia, Recep Tayyip Erdogan.
O Brasil foi o grande mediador, apostou no diálogo, ganhou. Apostou no bom senso contra a truculência das nações mais desenvolvidas do mundo, não por acaso as maiores fabricantes de armas e também incitadoras de ruinosas guerras, e ganhou novamente. A Turquia, embora coadjuvante, merece parte dos louros, por oferecer seu território para receber do Irã cerca de 1.200 quilos de Urânio enriquecido a 3,5%. Mas quem ganha mesmo são aqueles que apostaram na diplomacia como vacina maior a proteger as nações de ruinosos conflitos armados.
Ganha quem sabe que as guerras produzem apenas cemitérios e também lucros estratosféricos para a indústria bélica, também corretamente alcunhada de indústria da morte. A par disso, vitória de não menor importância deu-se na seara dos direitos humanos: Segundo a agência de notícias Reuters, o presidente do Irã Mahmoud Ahmadinejad, fez um afago no presidente Lula: “O Irã libertou Clotilde Reiss, professora francesa condenada por espionagem depois dos protestos realizados no ano passado contra o governo. Ela ficou presa por 10 meses”. Já a France Presse, em Paris postou o seguinte: “O presidente francês Nicolas Sarkozy agradeceu aos presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva... por seu papel ativo na libertação da professora universitária francesa Clotilde Reiss detido no Irã em julho de 2009”.
Há poucos meses o jornal Folha de S.Paulo (29/01/2010) também levantou bandeiras contra o esforço brasileiro para tentar a paz nuclear naquele que é seu atual olho do furacão – o Irã. Trecho do editorial afirmava que "...o país segue emitindo sinais de incoerência para a comunidade internacional: excede-se na defesa do que decide ser melhor para a democracia em Honduras, mas propugna a volta de Cuba - uma óbvia ditadura - à OEA, omite-se diante do autoritarismo de Chávez e flerta com o Irã..." Também não faltou colunista de Veja (edição de 19/5/2010) vociferando contra mais esta ousada ação da política externa brasileira e recomendando do alto de sua sapiência humanista que o presidente Lula deveria ter abdicado de ir ao Irã e assim usar “o tempo para esvaziar suas gavetas no Planalto”.
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