“Estagnada nas pesquisas, a candidatura tucana mantém um roteiro que não apresenta resultados
Celso Marcondes, CartaCapital
Antes que a Copa do Mundo comece – e que seja desmentida a tese de que nada acontecerá de novo na disputa eleitoral durante o mês de junho – dá para desvendar o script que José Serra seguiu até aqui nesta fase da sua campanha.
Estratégico para ele é não se confrontar com Lula, saudar os avanços de seu governo e até colocá-lo “acima do bem e do mal”, como chegou a declarar. Para amenizar o elogio, dizer de vez em quando que Lula “deu continuidade aos 8 anos de FHC”, lembrando do Plano Real, da estabilidade econômica, da consolidação da democracia.
A linha é jogar o debate “para o futuro” e fugir da comparação entre os resultados dos dois governos. “Não é uma briga entre passado e presente, mas uma discussão sobre o futuro”, dizem os líderes tucanos, ao tentar neutralizar a estratégia petista. Para fugir do “clima de Fla X Flu”, Serra até declarou, para espanto de muitos, que convidaria figuras do PT e do PV para compor um eventual governo seu.
Como decorrência desta avaliação, o objetivo é fazer o duelo direto com Dilma Rousseff. Comparar currículos pessoais, questionar sua limitada vida pública. A ex-ministra seria “inexperiente”, incapaz de tocar o legado de Lula. No submundo da luta política, aquele dos blogs fajutos e dos comentaristas de aluguel que infestam sítios como o de CartaCapital, a tese fica mais rasteira: Dilma vira a “terrorista” - até a “assassina” -, manipulada pelos “radicais do PT” que não têm sucesso hoje no controle de Lula. Vira também a “autoritária” que em nada lembraria a simpatia e a flexibilidade do atual presidente.
Definido o ambiente que seria mais favorável ao PSDB num quadro difícil, de crescente aprovação do governo Lula, a campanha tateia em busca dos pontos de programa que lhe convém discutir. Não fazem parte desta lista os programas sociais e o Bolsa Família, pois chocar-se com eles é chocar-se com Lula e o seu eleitorado mais pobre. Se o assunto vem à tona, o candidato lembra que o Bolsa Família foi criação do PSDB e se indigna quando um repórter resolve provocá-lo, ao perguntar se queria acabar com o benefício.”
Artigo Completo, ::Aqui::
Celso Marcondes, CartaCapital
Antes que a Copa do Mundo comece – e que seja desmentida a tese de que nada acontecerá de novo na disputa eleitoral durante o mês de junho – dá para desvendar o script que José Serra seguiu até aqui nesta fase da sua campanha.
Estratégico para ele é não se confrontar com Lula, saudar os avanços de seu governo e até colocá-lo “acima do bem e do mal”, como chegou a declarar. Para amenizar o elogio, dizer de vez em quando que Lula “deu continuidade aos 8 anos de FHC”, lembrando do Plano Real, da estabilidade econômica, da consolidação da democracia.
A linha é jogar o debate “para o futuro” e fugir da comparação entre os resultados dos dois governos. “Não é uma briga entre passado e presente, mas uma discussão sobre o futuro”, dizem os líderes tucanos, ao tentar neutralizar a estratégia petista. Para fugir do “clima de Fla X Flu”, Serra até declarou, para espanto de muitos, que convidaria figuras do PT e do PV para compor um eventual governo seu.
Como decorrência desta avaliação, o objetivo é fazer o duelo direto com Dilma Rousseff. Comparar currículos pessoais, questionar sua limitada vida pública. A ex-ministra seria “inexperiente”, incapaz de tocar o legado de Lula. No submundo da luta política, aquele dos blogs fajutos e dos comentaristas de aluguel que infestam sítios como o de CartaCapital, a tese fica mais rasteira: Dilma vira a “terrorista” - até a “assassina” -, manipulada pelos “radicais do PT” que não têm sucesso hoje no controle de Lula. Vira também a “autoritária” que em nada lembraria a simpatia e a flexibilidade do atual presidente.
Definido o ambiente que seria mais favorável ao PSDB num quadro difícil, de crescente aprovação do governo Lula, a campanha tateia em busca dos pontos de programa que lhe convém discutir. Não fazem parte desta lista os programas sociais e o Bolsa Família, pois chocar-se com eles é chocar-se com Lula e o seu eleitorado mais pobre. Se o assunto vem à tona, o candidato lembra que o Bolsa Família foi criação do PSDB e se indigna quando um repórter resolve provocá-lo, ao perguntar se queria acabar com o benefício.”
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