O raio x dos palanques

Dilma terá o apoio de 16 governadores, enquanto Serra de apenas seis. Marina não conseguiu aliados nem em seu Estado natal

Alan Rodrigues e Adriana Nicácio, ISTOÉ

A pouco mais de quatro meses das eleições, o período das articulações políticas, das formações dos acordos e da definição das chapas que concorrerão no pleito de 3 de outubro está chegando ao fim. A partir do próximo dia 10 até 30 de junho vigora o prazo para que todas as legendas realizem suas convenções e apontem oficialmente para o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) quais serão os candidatos que entrarão na disputa. ISTOÉ fez um levantamento do cenário político de todos os 26 Estados da federação mais o Distrito Federal e apurou como estão sendo construídas as coligações regionais e quais serão os reflexos desses acordos na eleição presidencial. Os dados mostram que, na contagem geral dos palanques, Dilma soma hoje a seu favor 41 candidatos a governadores como aliados na campanha, além de ter o apoio formal de 16 governadores em final de mandato. José Serra, por sua vez, já amealhou para seu lado 25 candidatos aos governos estaduais e será defendido por seis governadores. Marina Silva terá que se amparar em apenas um candidato majoritário com viabilidade eleitoral, Fernando Gabeira, do Rio de Janeiro, e não terá apoio de nenhum dos governadores estaduais que ainda estão no poder no País. Até o momento, dez candidatos ao cargo máximo estadual e cinco governadores ainda não definiram para qual lado irão caminhar nessas eleições.

O mapa das alianças nacionais indica que Dilma é a única que, até o momento, tem palanques garantidos em todas as 27 unidades da federação. José Serra ainda não conseguiu apoio de candidatos a governador em pelo menos quatro Estados – Rio de Janeiro, Amazonas, Mato Grosso do Sul e Ceará. Entre os nove Estados do Nordeste, região na qual o PT é mais forte, o PSDB só terá candidato a governador no Piauí e Alagoas – o Ceará está indefinido. O PT, por sua vez, segue a mesma toada. Por conta da estratégia do partido em priorizar as coligações em torno da chapa presidencial, apenas na Bahia e no Sergipe a sigla encabeçará a chapa. No Sul e no Sudeste, que concentram 46% do eleitorado brasileiro, o PSDB terá candidato próprio em seis dos setes Estados e o PT em apenas cinco deles. No restante do País o PSDB também terá mais candidatos próprios aos governos estaduais do que o PT, que abriu mais espaço para seus aliados. Nas regiões Norte e Centro-Oeste os tucanos terão sete cabeças de chapa, enquanto o PT, sozinho, cinco.”
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