Nair Pena Neto, Direto da Redação
“Não é preciso ser muito perspicaz para perceber em curso um movimento que pode descambar em golpe contra as eleições à Presidência se não houver um rechaço a tal tentativa por parte da sociedade brasileira. Como já não cabe mais um recurso às Forças Armadas, como em 1964, os setores conservadores se apóiam agora no poder judiciário, inspirados pelo sucesso do que aconteceu em Honduras.
O crescimento evidente da candidatura de Dilma Rousseff acendeu a luz vermelha nas hostes conservadoras, que já vinham tentando, enquanto foi possível, manipular as pesquisas de opinião. O PSDB recorreu ao Tribunal Superior Eleitoral contra a pesquisa Sensus de abril, que já mostrava um empate entre Dilma e José Serra, contrariando a ampla vantagem atribuída pelo Datafolha. O instituto do jornal da ditabranda contribuiu para tentar desmoralizar a pesquisa do concorrente, mas nada de incoerente foi encontrado nos questionários e na tabulação do Sensus, nem pelo perito contratado pelos tucanos para auditá-la.
Ao contrário, foi o PSDB que se baseou em dados errados para acusar o Sensus de manipular a pesquisa que desmontava o cenário que os tucanos vinham montando com o auxílio de certos setores midiáticos. A pesquisa do Sensus, cuja credibilidade ficou na berlinda, era inteiramente regular, e o que apontava desde abril se confirmou em maio com as sondagens CNT/Sensus e Vox Populi: Dilma crescia em todas as regiões e Serra começava a cair.
A Justiça Eleitoral confirmou a regularidade da pesquisa, mas não houve qualquer condenação ao PSDB, a quem foi dado pleno acesso ao conteúdo da pesquisa e de onde partiram sérios ataques à idoneidade do instituto Sensus. Começava a se revelar aí uma generosidade da Corte eleitoral com um dos lados da disputa.
O Datafolha, por sua vez, teve que rebolar para explicar em maio como Dilma conseguiu recuperar uma vantagem de 10 pontos percentuais que o instituto atribuía a Serra um mês antes. Dilma não só empatava com Serra na intenção de votos, como liderava na pesquisa espontânea, vencia em segundo turno e tinha rejeição menor que o tucano. Os jornais também fizeram sua parte, com malabarismos nas manchetes para minimizar o impacto da notícia.”
Artigo Completo, ::Aqui::
“Não é preciso ser muito perspicaz para perceber em curso um movimento que pode descambar em golpe contra as eleições à Presidência se não houver um rechaço a tal tentativa por parte da sociedade brasileira. Como já não cabe mais um recurso às Forças Armadas, como em 1964, os setores conservadores se apóiam agora no poder judiciário, inspirados pelo sucesso do que aconteceu em Honduras.
O crescimento evidente da candidatura de Dilma Rousseff acendeu a luz vermelha nas hostes conservadoras, que já vinham tentando, enquanto foi possível, manipular as pesquisas de opinião. O PSDB recorreu ao Tribunal Superior Eleitoral contra a pesquisa Sensus de abril, que já mostrava um empate entre Dilma e José Serra, contrariando a ampla vantagem atribuída pelo Datafolha. O instituto do jornal da ditabranda contribuiu para tentar desmoralizar a pesquisa do concorrente, mas nada de incoerente foi encontrado nos questionários e na tabulação do Sensus, nem pelo perito contratado pelos tucanos para auditá-la.
Ao contrário, foi o PSDB que se baseou em dados errados para acusar o Sensus de manipular a pesquisa que desmontava o cenário que os tucanos vinham montando com o auxílio de certos setores midiáticos. A pesquisa do Sensus, cuja credibilidade ficou na berlinda, era inteiramente regular, e o que apontava desde abril se confirmou em maio com as sondagens CNT/Sensus e Vox Populi: Dilma crescia em todas as regiões e Serra começava a cair.
A Justiça Eleitoral confirmou a regularidade da pesquisa, mas não houve qualquer condenação ao PSDB, a quem foi dado pleno acesso ao conteúdo da pesquisa e de onde partiram sérios ataques à idoneidade do instituto Sensus. Começava a se revelar aí uma generosidade da Corte eleitoral com um dos lados da disputa.
O Datafolha, por sua vez, teve que rebolar para explicar em maio como Dilma conseguiu recuperar uma vantagem de 10 pontos percentuais que o instituto atribuía a Serra um mês antes. Dilma não só empatava com Serra na intenção de votos, como liderava na pesquisa espontânea, vencia em segundo turno e tinha rejeição menor que o tucano. Os jornais também fizeram sua parte, com malabarismos nas manchetes para minimizar o impacto da notícia.”
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