“Comando da campanha do PT tinha projeções que indicavam que candidata apareceria na frente de seu adversário do PSDB até o início de junho. Ela cresceu no Sul e Sudeste e entre as mulheres
Rudolfo Lago e Renata Camargo, Congresso em Foco
Em suas mensagens no twitter no domingo (16), a candidata do PT à Presidência da República, Dilma Rousseff, esforçava-se para se manter discreta quanto à pesquisa do Instituto Vox Populi, divulgada no sábado (15) que, pela primeira vez, a mostra à frente de seu principal adversário, José Serra, do PSDB. Dilma agradeceu as mensagens de parabéns pelo resultado, mas a todos respondeu com um protocolar: “De pesquisa eu não vou falar não”. Em Salvador, onde participou da homologação da candidatura de Jaques Wagner, que disputará a reeleição ao governo da Bahia pelo PT, Dilma repetiu o mesmo: “Nunca comentei pesquisa, não vou comentar agora”, disse ela. Fora, porém, dos espaços públicos, Dilma e sua equipe comemoraram muito os números do Vox Populi. Na verdade, as projeções que o comando da campanha fazia há algumas semanas já indicavam a possibilidade de ultrapassagem sobre Serra até o início de junho.
Na pesquisa do Vox Populi, num cenário apenas com os três principais candidatos, Dilma aparece com 38% das intenções de voto. Serra fica com 35%, e Marina Silva, do PV, com 8%. Num cenário com todos os pré-candidatos colocados na disputa (que inclui Américo de Souza, do PSL; Plínio de Arruda Sampaio, do Psol; Rui Costa Pimenta, do PCO; Zé Maria, do PSTU; Levy Fidelix, do PRTB; José Maria Eymael, do PSDB; Mário de Oliveira, do PTdoB, e Oscar Silva, do PHS, todos com menos de 1%), Dilma fica com 37%, Serra com 34% e Marina com 7%. Numa consulta sobre o segundo turno, a candidata do PT aparece com 40%, e Serra com 38%.
A ascensão de Dilma poderia ter sido até mais homogênea. Os erros cometidos no início da sua pré-candidatura, depois que deixou o Ministério da Casa Civil, deram um fôlego inicial a Serra que o comando da campanha de Dilma não previa. Imaginava-se que ele iria estacionar nos patamares em que estava e que ela cresceria. Por isso, após a primeira semana, Dilma recolheu-se para rever algumas estratégias. Quando voltou, privilegiou três pontos: a consolidação política de seus palanques, as regiões onde tinha mais desvantagem para Serra e entrevistas para rádios e jornais menores de circulação regional. Com essa tática, cresceu.
Com relação aos palanques, os petistas comemoram o fato de neutralizar, pelo menos por enquanto, a possibilidade de ida do PP e do PTB para os braços de Serra (se os dois partidos ficarem divididos, imaginam os petistas, a vantagem será para Dilma).”
Matéria Completa, ::Aqui::
Rudolfo Lago e Renata Camargo, Congresso em Foco
Em suas mensagens no twitter no domingo (16), a candidata do PT à Presidência da República, Dilma Rousseff, esforçava-se para se manter discreta quanto à pesquisa do Instituto Vox Populi, divulgada no sábado (15) que, pela primeira vez, a mostra à frente de seu principal adversário, José Serra, do PSDB. Dilma agradeceu as mensagens de parabéns pelo resultado, mas a todos respondeu com um protocolar: “De pesquisa eu não vou falar não”. Em Salvador, onde participou da homologação da candidatura de Jaques Wagner, que disputará a reeleição ao governo da Bahia pelo PT, Dilma repetiu o mesmo: “Nunca comentei pesquisa, não vou comentar agora”, disse ela. Fora, porém, dos espaços públicos, Dilma e sua equipe comemoraram muito os números do Vox Populi. Na verdade, as projeções que o comando da campanha fazia há algumas semanas já indicavam a possibilidade de ultrapassagem sobre Serra até o início de junho.
Na pesquisa do Vox Populi, num cenário apenas com os três principais candidatos, Dilma aparece com 38% das intenções de voto. Serra fica com 35%, e Marina Silva, do PV, com 8%. Num cenário com todos os pré-candidatos colocados na disputa (que inclui Américo de Souza, do PSL; Plínio de Arruda Sampaio, do Psol; Rui Costa Pimenta, do PCO; Zé Maria, do PSTU; Levy Fidelix, do PRTB; José Maria Eymael, do PSDB; Mário de Oliveira, do PTdoB, e Oscar Silva, do PHS, todos com menos de 1%), Dilma fica com 37%, Serra com 34% e Marina com 7%. Numa consulta sobre o segundo turno, a candidata do PT aparece com 40%, e Serra com 38%.
A ascensão de Dilma poderia ter sido até mais homogênea. Os erros cometidos no início da sua pré-candidatura, depois que deixou o Ministério da Casa Civil, deram um fôlego inicial a Serra que o comando da campanha de Dilma não previa. Imaginava-se que ele iria estacionar nos patamares em que estava e que ela cresceria. Por isso, após a primeira semana, Dilma recolheu-se para rever algumas estratégias. Quando voltou, privilegiou três pontos: a consolidação política de seus palanques, as regiões onde tinha mais desvantagem para Serra e entrevistas para rádios e jornais menores de circulação regional. Com essa tática, cresceu.
Com relação aos palanques, os petistas comemoram o fato de neutralizar, pelo menos por enquanto, a possibilidade de ida do PP e do PTB para os braços de Serra (se os dois partidos ficarem divididos, imaginam os petistas, a vantagem será para Dilma).”
Matéria Completa, ::Aqui::
Comentários
OMITIU, SUPRIMIU, SONEGOU E CENSUROU A PESQUISA DO VOX POPULI. A INFORMAÇÃO NÃO EXISTE NO PAPEL E NEM NA VERSÃO DIGITAL
"Como descer o Serra"
Blog Tijolaço - domingo, 16 maio
Não que os demais jornais pratiquem jornalismo – ia dizer jornalismo com equilíbrio, mas me pareceu pleonasmo -, deixando que nós, nos blogs, sejamos aquilo que a ombudswoman da Folha sejamo, como ela disse em seu texto de estréia, sejamos os “trogloditas de espírito”. Mas os meninos e meninas sofisticados da Alameda Barão de Limeira, com sua linguagem empolada e seus critérios “ultrasuperextra” obejtivos, conseguiram se superar: passaram a censurar completamente a notícia do seu jornal.
A pesquisa Vox Populi, divulgada ontem, simplesmente não existe na edição de papel. Nem mesmo na versão digital do jornal, disponibilizada a seus assinantes e que reproduz a impressa. O Estadão teve a dignidade de registrar numa chamadinha na primeira – mínima, é verdade. O Globo, onde aquela palavra tem de ser sussurrada na redação, colocou uma pequena nota, na barte de baixo da página 11. Não vou ficar discutindo o equilíbrio dos jornais, embora já me arrependa de ter achado jornalismo equilibrado um pleonasmo.
A FOLHA, não.
OMITIU, SUPRIMIU, SONEGOU E CENSUROU A INFORMAÇÃO
Não fez isso na sua edição online porque seus leitores, ali, sabem que isso aconteceu. Fez, na edição impressa, para que os seus demais leitores, que não navegam na internet, não soubessem o que aconteceu.
Por isso, não me arrependo em nada do que disse antes do jornal e gostaria de ver alguns personagens, que com sofisticadas argumentaçoes sobre o que é publicado à esquerda e à direita da página, horários de fechamento, etc, viessem justificar a atitude do jornal. A notícia da pesquisa saiu no Correio Braziliense pouco antes das 18 horas; às 18:01h este blog aqui – precário, mambembe, trabalhando com um daqueles modems nojentinhos da Claro, que parece uma tartaruga cibernética – colocou a informação no ar.
O nome do que a Folha de S. Paulo faz não é outro senão censura.
Mas a Folha não é a Globo dos “áureos” tempos da ditadura, ou ditabranda, como quer o jornal. Nunca deteve e muito menos detém agora, o monopólio da informação. E nem seu Datafolha detém o monopólio da “verdade” das pesquisas eleitorais. Vai ter de recuar. Aliás, já está tendo de se explicar aos leitores