Brizola Neto, Tijolaço.com
“O Conselho Nacional de Psicologia devia dar um título honorário – ou uma queixa por exercício ilegal da profissão - ao colunista Merval Pereira, por sua coluna deste sábado em O Globo.
Eu, que não sou psicólogo e também não sou aspirante a lorde inglês, dei foi boas risadas.
Vejam que pérolas do “jornalismo”:
“Ela (Dilma) chegou a usar 28 vezes o tratamento de “senhor” ao se referir ao presidente Lula em eu discurso de despedida do ministério, o que é um sinal de subserviência não com o papel de candidata à presidência da República”
Como é que se trata o presidente da República numa cerimônia oficial e pública? “Aí, xará“? “Mano“? “Cara“? “Ô, psit“?
Ou ela deveria chama-lo de “Doutor”, como Merval e outros chamavam Roberto Marinho, que era tão diplomado quanto Lula?
Mas tem mais:
“Pois ele (Lula) não está escondendo a dificuldade com que está lidando com a perspectiva do fim do poder“
Aí, xará, senti firmeza…Dignóstico legal, profundo, resultado de horas de análise. Qual seria o dignóstico do Dr. Sigmund Merval sobre os arreganhos de Fernando Henrique que, para desespero de José Serra, tenta ser uma voz de oposição – reconheça-se a sua honestidade – a Lula? Merval – não posso chamar de senor Merval para não ser submisso – deveria ler sobre a “Síndrome do Ninho Vazio”, que acomete pais quando os filhos criam asas e se vão, tucaninhos donos de seus próprios bicos.
Mas você pensa que acabou?
“Encarar a alternância de poder como uma derrota é uma maneira de querer continuar no poder eternamente (…)”
Uai, um presidente, um governador, um prefeito é vitorioso se a oposição ganha a eleição? Não é derrota? Pode não ser o fim do mundo, pode não ser o desastre que, neste caso, é… Mas que é derrota, é! Nada a ver com não aceitar o resultado, a manifestação do eleitor. Mas achar que perder eleição é vitória e não derrota, é caso de ir pro divã ou, então, para o palanque do adversário.”
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