Paulo Salvador, Rede Brasil Atual
A revista Veja desta semana repete a dose e apresenta uma "conexão entre o caso Bancoop e o mensalão", uma acusação ainda inconclusa, apresentada
Veja, desta vez, acusa o presidente licenciado da Bancoop de ser uma figura do mensalão e que "cobrava" um pedágio de 12% de operações entre bancos e fundos de pensão. A revista sustenta a matéria com depoimentos de um milionário doleiro, Lúcio Funaro. E ainda traz a reprodução de três cheques de 2004 e 2005, sob o título cheques à moda petista" que lhe forem entregues pelo promotor José Carlos Blat, em visível quebra do sigilo das investigações. Os dirigentes da Bancoop rebatem que os cheques comprovem qualquer acusação, pois referem-se a pagamento de obrigações e serviços prestados. A Bancoop afirma que nunca realizou qualquer doação a partido.
O que Dilma tem com isso?
A revista estampa uma foto de 18x12 centímetros da ministra Dilma Roussef, pré-candidata petista à presidência da República, porém não há uma linha sobre ela, que é citada indiretamente quando se referem a João Vaccari Neto, como tesoureiro do PT e que poderia ser também o tesoureiro da candidata. Para completar, a revista traz fotos do ex-tesoureiro do PT, Delúbio Soares, e do ex-ministro José Dirceu.
Ao final, a revista surpreende com a seguinte frase "É possível que Funaro tenha mentido sobre os encontros com Vaccari? Em tese, sim. Pode haver motivos desconhecidos para isso". Mesmo nessa dúvida, a revista insiste em ligar os dois fatos, a crise da Bancoop após a morte dos seus dirigentes em 2005 e o mensalão. Por último, de novo, a revista Veja não ouviu os acusados, negando-lhes o direito inalienável de se defenderem.
A publicação e os desdobramentos do noticiário em quase todos os meios de comunicação faz parte de uma estratégia do Instituto Milleniun, que tem entre seus conselheiros nomes como João Roberto Marinho, Roberto Civita, Eurípedes Alcântara e Pedro Bial, e contou com o apoio no fórum de entidades como a Abert (Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão), ANER (Associação Nacional de Editores de Revista), ANJ (Associação Nacional de Jornais) e Abap (Associação Brasileira de Agências de Publicidade) e que em 1º de março realizou um seminário
Comentários
1. os donos tem nomes de origem italiana e tem dupla nacionalidade (ianque e brasileira);
2. a empresa já foi acusada de envolvimento em transações financeiras com bancos e uma empresa racista da Africa do Sul e nunca esclareceu essas denuncias a seus "caros" leitores;
3. a empresa esteve envolvida com espionagem envolvendo estrangeiros e produção de dossies contra cidadãos aqui no Brasil (principalmente contra o Presidente Lula);
4. a empresa utiliza de um expediente muito comum aos mafiosos e certos empresarios de mídia, a chantagem, para conseguir satisfazer seus interesses economicos e financeiros;
5. a empresa costuma alugar certos "jornalistas" para promover assassinatos de reputação;
6. já houve quem ligasse os imundos proprietarios da editora à CIA. Seria um dos braços midiáticos da CIA no país. Ligações da máfia com a CIA não é novidade para ninguém (O John Kennedy que o diga lá no inferno onde deve estar pastando junto aos outros imperadores).
Com base nessas hipóteses, e utilizando um famoso princípio utilizado por um senador hipócrita tucano, podemos deduzir que os editores da "sujíssima" são mafiosos sim. O "modus operandi" é semelhante, só não podemos afirmar que praticam também assassinatos mesmo. Assassinatos de reputação é a especialidade deles.
Finalmente, não é a primeira vez que politicos, policiais e promotores imundos fornecem documentos sigilosos à mídia golpista para alimentar sua fábrica de calunias e difamações. Não é a primeira vez que a mídia esgôto e politicos hipocritas se valem de doleiros e bandidos presos em penitenciarias para servirem de testemunhas contra petistas e o governo Lula com promessas de prêmio à delação.