“Eterno apêndice do jogo político brasileiro, poderá restar ao DEM ser a viúva Porcina do nosso espectro partidário: a que foi sem nunca ter sido”
Rudolfo Lago, Congresso em Foco
Numa das últimas operações de busca a apreensão da Operação Caixa de Pandora, foram encontrados recibos de doações de empresas diretamente envolvidas com o mensalão do governador afastado José Roberto Arruda à direção nacional do DEM.
Se até então não havia ainda uma peça que vinculasse explicitamente a lambança propinodútica de Arruda ao seu antigo partido, a peça apareceu agora. Esse pequeno indício pode até não evoluir. Mas já não há muito o que se discutir acerca de um fato: a tragicomédia protagonizada por Arruda em Brasília é uma pá de cal nas pretensões do DEM, um partido que definha sem conseguir deixar de ser mero apêndice do jogo político nacional.
Desde o seu início, só se reservou ao DEM um papel de coadjuvante na cena política. Na formação da Frente Liberal, em 1984, um coadjuvante fundamental. Não tivesse havido a dissidência no PDS que criou o PFL, Tancredo Neves não conseguiria obter maioria no Colégio Eleitoral e não teria conseguido derrotar por dentro a ditadura militar.
Mas o fato é que o PFL, após a redemocratização, era meio que uma legião de derrotados que se renderam. A tragédia de Tancredo foi uma sorte para eles. Colocou na presidência um peemedebista por conveniência, pefelista de coração. Num livro escrito no aniversário de dez anos do PFL, José Sarney relata claramente que sua intenção inicial era ter se filiado ao PFL, o que seria um destino natural. Ex-presidente do PDS, ele era o rei dos dissidentes, o chefe dos derrotados que se renderam. Mas a regra do Colégio Eleitoral exigia que os candidatos a presidente e vice fossem do mesmo partido. Sarney, assim, filiou-se ao PMDB. Mas, na ocasião, colocou os filhos e os principais aliados maranhenses no PFL. No poder, deu uma força aos pefelistas que eles não teriam no governo Tancredo. Mas passou todo o seu governo sabendo que tanto ele quanto seu partido do coração eram mais fracos que Ulysses Guimarães e o PMDB.”
Artigo Completo, ::Aqui::
Rudolfo Lago, Congresso em Foco
Numa das últimas operações de busca a apreensão da Operação Caixa de Pandora, foram encontrados recibos de doações de empresas diretamente envolvidas com o mensalão do governador afastado José Roberto Arruda à direção nacional do DEM.
Se até então não havia ainda uma peça que vinculasse explicitamente a lambança propinodútica de Arruda ao seu antigo partido, a peça apareceu agora. Esse pequeno indício pode até não evoluir. Mas já não há muito o que se discutir acerca de um fato: a tragicomédia protagonizada por Arruda em Brasília é uma pá de cal nas pretensões do DEM, um partido que definha sem conseguir deixar de ser mero apêndice do jogo político nacional.
Desde o seu início, só se reservou ao DEM um papel de coadjuvante na cena política. Na formação da Frente Liberal, em 1984, um coadjuvante fundamental. Não tivesse havido a dissidência no PDS que criou o PFL, Tancredo Neves não conseguiria obter maioria no Colégio Eleitoral e não teria conseguido derrotar por dentro a ditadura militar.
Mas o fato é que o PFL, após a redemocratização, era meio que uma legião de derrotados que se renderam. A tragédia de Tancredo foi uma sorte para eles. Colocou na presidência um peemedebista por conveniência, pefelista de coração. Num livro escrito no aniversário de dez anos do PFL, José Sarney relata claramente que sua intenção inicial era ter se filiado ao PFL, o que seria um destino natural. Ex-presidente do PDS, ele era o rei dos dissidentes, o chefe dos derrotados que se renderam. Mas a regra do Colégio Eleitoral exigia que os candidatos a presidente e vice fossem do mesmo partido. Sarney, assim, filiou-se ao PMDB. Mas, na ocasião, colocou os filhos e os principais aliados maranhenses no PFL. No poder, deu uma força aos pefelistas que eles não teriam no governo Tancredo. Mas passou todo o seu governo sabendo que tanto ele quanto seu partido do coração eram mais fracos que Ulysses Guimarães e o PMDB.”
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