PPS entrega comando do partido a ''Cristo''

Por 10 anos, Abrantes encenou papel

Denise Madueño, O Estado de São Paulo

Durante dez anos, Cláudio Abrantes subiu o morro da Capelinha, tradicional local de encenação da Via Sacra, na Semana Santa no Distrito Federal, carregando uma cruz. No último mês, depois do escândalo do esquema de suposto pagamento de propina em Brasília, detonado pela operação Caixa de Pandora, da Polícia Federal, o "Cristo" foi chamado para comandar o PPS, cuja cúpula local foi flagrada como personagem desse enredo policial.

Conhecido pelo papel que desempenhou por uma década em Planaltina, cidade distante 38 quilômetros do Plano Piloto, Cláudio Abrantes, secretário-geral do PPS tem como uma das missões resgatar a credibilidade do partido. Seus principais dirigentes, o deputado federal Augusto Carvalho e o deputado distrital Alírio Neto, ocupavam secretarias do governador José Roberto Arruda e foram citados pelo ex-secretário de Relações Institucionais do DF Durval Barbosa como envolvidos no suposto "mensalão". O então presidente do PPS, Fernando Antunes, sub de Augusto Carvalho na Secretaria da Saúde, também mencionado nas denúncias, teve de se afastar da direção.

Todos negam qualquer envolvimento no esquema.

"O importante é que, nesse momento o partido está se reinventando, buscando resgatar sua identidade, sua trajetória de luta histórica que vem muito antes de se chamar PPS, quando ainda era o antigo Partidão", disse o católico Abrantes, referindo-se ao Partido Comunista Brasileiro (PCB), origem do PPS, depois do fim do modelo comunista internacional simbolicamente representado pela queda do muro de Berlim.”
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