Presidente do DEM minimiza saída do PSDB do governo Arruda

Gabriela Guerreiro, Folha Online

“O presidente do DEM, deputado Rodrigo Maia (RJ), minimizou nesta terça-feira a decisão do PSDB de abandonar o governo de José Roberto Arruda (DEM) no Distrito Federal.

Maia disse que a saída dos tucanos não coloca em risco a aliança DEM-PSDB para as eleições presidenciais de 2010, mas alfinetou os tucanos ao afirmar que a governadora Yeda Crusius (PSDB) também enfrenta uma grave crise no Rio Grande do Sul --o que poderia impedir o PSDB de ter candidato à Presidência da República se a mesma avaliação for aplicada à crise no DEM.

"Não entendo porque algumas pessoas misturam temas. Não estamos tratando da eleição. Se crises como essas fossem impeditivas, talvez o PSDB não pudesse ter candidato à Presidência da República", disse Maia.”
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Heráclito: "chantagem" de Arruda "não faz sentido"

Diego Salmen, Terra Magazine

“O senador Heráclito Fortes (DEM-PI) defende a abertura de um processo disciplinar contra o correligionário e governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda. Ele, no entanto, garante que Arruda terá direito à defesa nas instâncias partidárias caso o processo seja mesmo instaurado.

Além disso, o senador nega que a demora da agremiação em definir o destino do governador esteja relacionada a uma suposta "chantagem", segundo a qual Arruda estaria ameaçando incriminar outros membros do partido no episódio. "Isso não houve", garante. "Não tem sentido".
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Mensalão não é do DEM, diz ACM Neto

Fábio Góis, Congresso em Foco

“Depois de vídeos, transcrições e delação premiada que mostram o contrário, o deputado ACM Neto (DEM-BA) negou que o escândalo que tem como protagonista o governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda (DEM), seja um esquema de desvio de dinheiro público operado pelo DEM. Segundo ACM Neto, o caso atinge apenas "uma liderança do partido", no caso Arruda.”
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Arruda diz ter recebido dinheiro só uma vez

Fernando Rodrigues, Folha Online

O governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda (DEM), disse ontem que só recebeu dinheiro uma vez diretamente de Durval Barbosa, seu ex-secretário de Relações Institucionais --no vídeo já mostrado amplamente na mídia.

Recebeu outras contribuições de Durval, mas por meio de "outras pessoas". Arruda faz sempre questão de mencionar que os vídeos agora divulgados foram gravados quando ele ainda não era governador de Brasília. Ele considera tudo uma trama engendrada por seu adversário político local, Joaquim Roriz (PSC).

No último dia 21 de outubro, quando recebeu Durval portando uma mala com R$ 400 mil, disse não ter visto o dinheiro. Recusa-se a explicar o conteúdo do diálogo, gravado em áudio monitorada pela Polícia Federal.

FOLHA - Por que o sr. manteve Durval Barbosa em seu governo?
JOSÉ ROBERTO ARRUDA Esse cidadão durante oito anos foi presidente da Codeplan, a empresa de informática do governo Roriz. Os gastos ali eram da ordem de R$ 500 milhões por ano. Ele, como outras pessoas do governo Roriz, vieram me ajudar na campanha. Quando terminou a eleição ele desejava continuar na mesma posição. Na transição, já avisado que tinha problemas nessa área, mas, por outro lado, muito grato à ajuda que ele tinha me dado na campanha --ajuda política, inclusive, trouxe apoio partidários, de deputados, evangélicos, o diabo a quatro. Eu então...

FOLHA - Ele deu ajuda tanto política quanto financeira para sua campanha?
ARRUDA - Eu diria que mais política que financeira. Porque a financeira, ao que eu saiba, ele pode ter intermediado apoios empresariais. Mas não dele diretamente. Eu não controlava. Para mim, pessoalmente, ele deu o que aparece naquele vídeo que apareceu, que deve ser de dezembro de 2004 ou dezembro de 2005. Foi para as minhas campanhas sociais de final de ano que eu faço há dez anos. Virou piada, porque é panetone, mas no fundo é verdade mesmo. Eu entrego panetone nas creches, nos asilos, tudo isso. Essa [doação em dinheiro de Durval] foi a única que eu recebi pessoalmente. Mas na campanha ele foi para o comitê. Ajudou muito.

FOLHA - Sim, mas aí o sr. o recolocou em seu governo?
ARRUDA - Terminada a eleição, e [ele] querendo ir para esse posto [Codeplan], eu achei que não deveria. Fui avisado inclusive pelo Ministério Público que ele não deveria ir, porque iria me dar problema. Não deixei ir para o mesmo cargo, mas coloquei-o num outro, mais burocrático, sem orçamento. E reduzi de R$ 500 milhões para R$ 130 milhões os gastos anuais com informática. Neste ano, vai chegar a R$ 209 milhões, mas ainda menos da metade do que no governo Roriz.”
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