Com Olimpíada, campanha eleitoral se altera

Pedro do Coutto, Tribuna da Imprensa

“Com a vitória da Cidade do Rio de Janeiro na disputa para sediar as Olimpíadas de 2016, fenômeno que acrescenta ainda mais popularidade ao presidente Lula, a campanha eleitoral de 2010 necessariamente terá que passar por uma revisão. E não só a voltada para a presidência da República, mas também todas que vão se desenrolar nos Estados. O presidente da República tornou-se um centro de polarização ainda mais forte o que torna praticamente impossível que seu governo possa ser combatido nas ruas. A posição terá que buscar novos enfoques para não colidir com o pensamento coletivo, choque que somente poderá retirar-lhe preciosos votos. Inclusive, a repaginação básica da campanha política não se restringe ao plano federal.Não. Espalha-se pelos universos estaduais. Há, sem dúvida, um novo clima, um novo panorama, uma nova realidade envolvendo o país. O eleitorado tem razões para se emocionar, seguindo o exemplo do próprio Lula que foi até as lágrimas da vitória no momento em que o Rio tornou-se em Copenhague a capital olímpica do mundo em 2016.Contra fatos não há argumentos.Não se pode brigar com a realidade.Não quero dizer com isso que o governo já esteja vitorioso por antecipação e que tenha se tornado imbatível no ano que vem. O que sustento é que a conquista, sem sombra de duvida histórica, vai obrigar a uma reformulação de teses e conceitos. De nada adiantará ser contra por ser contra, como acontece geralmente no processo político. Restrições evidentemente poderão ser feitas, porém com o cuidado de não produzirem, para os críticos, efeitos contrários no rumo do voto e do povo. Exatamente por isso é que a campanha que se aproxima, e que na prática já começou, sobretudo a partir do momento em que o deputado Ciro Gomes transferiu seu domicílio eleitoral para São Paulo, exigirá uma revisão das mais amplas. A ministra Dilma Roussef ressurge com força e, claro, vai aproveitar o novo panorama.”
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