Marcelo Salles, Fazendo Media
“Tem gente que acha que é conto da carochinha. Ou que a gente exagera. Pois na noite desta quarta-feira, dia 5 de agosto de 2009, a TV Globo e William Waack mostraram que não. Poucas vezes vi uma matéria tão subserviente ao imperialismo. Poucas vezes um jornalista se curvou tanto. Se é que se pode usar o termo; jornalista, pra mim, é outra coisa. Na verdade, faltou pouco pro WW pedir um autógrafo ao general estadunidense. É realmente lamentável a cena. O apresentador (este sim, um termo mais apropriado) que enche a boca para esculhambar trabalhadores e favelados brasileiros, se derrete todinho para o assessor de Obama. Olheiras, talvez de quem não tenha dormido pensando na entrevista, perguntinhas vagabundas e, no final, um sorriso emocionado, agradecendo a oportunidade pelo momento. E tudo falado em inglês, claro, a língua do dominador.
A matéria propriamente dita (leia/assista aqui) faz parecer um grandissíssimo negócio permitir que os EUA explorem o pré-sal brasileiro, avaliado na ordem de trilhões de dólares. Em troca, receberíamos ajuda militar. Que grande bênção! Waack, por exemplo, descreve os marines como “a tropa mais aguerrida dos EUA”. Que o digam os civis iraquianos mutilados de hoje, ou os vietnamitas de ontem…
O WW ainda arruma espaço para atacar Hugo Chávez, fingindo esquecer que não foi um país chamado Venezuela quem apoiou uma ditadura sangrenta que sequestrou, torturou e matou milhares de brasileiros.
Só mesmo num país controlado por uma ditadura midiática matérias como essa vão ao ar impunemente. Um verdadeiro atentado à memória das vítimas dos anos de chumbo. Uma agressão à inteligência do telespectador. Um desserviço à sociedade.”
Artigo Completo, ::Aqui::
“Tem gente que acha que é conto da carochinha. Ou que a gente exagera. Pois na noite desta quarta-feira, dia 5 de agosto de 2009, a TV Globo e William Waack mostraram que não. Poucas vezes vi uma matéria tão subserviente ao imperialismo. Poucas vezes um jornalista se curvou tanto. Se é que se pode usar o termo; jornalista, pra mim, é outra coisa. Na verdade, faltou pouco pro WW pedir um autógrafo ao general estadunidense. É realmente lamentável a cena. O apresentador (este sim, um termo mais apropriado) que enche a boca para esculhambar trabalhadores e favelados brasileiros, se derrete todinho para o assessor de Obama. Olheiras, talvez de quem não tenha dormido pensando na entrevista, perguntinhas vagabundas e, no final, um sorriso emocionado, agradecendo a oportunidade pelo momento. E tudo falado em inglês, claro, a língua do dominador.
A matéria propriamente dita (leia/assista aqui) faz parecer um grandissíssimo negócio permitir que os EUA explorem o pré-sal brasileiro, avaliado na ordem de trilhões de dólares. Em troca, receberíamos ajuda militar. Que grande bênção! Waack, por exemplo, descreve os marines como “a tropa mais aguerrida dos EUA”. Que o digam os civis iraquianos mutilados de hoje, ou os vietnamitas de ontem…
O WW ainda arruma espaço para atacar Hugo Chávez, fingindo esquecer que não foi um país chamado Venezuela quem apoiou uma ditadura sangrenta que sequestrou, torturou e matou milhares de brasileiros.
Só mesmo num país controlado por uma ditadura midiática matérias como essa vão ao ar impunemente. Um verdadeiro atentado à memória das vítimas dos anos de chumbo. Uma agressão à inteligência do telespectador. Um desserviço à sociedade.”
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