O fechamento de jornais e o jornalismo público

Beto Almeida, Pátria Latina

“No mês passado foi a vez do fechamento do jornal Gazeta Mercantil, com 90 anos de história e deixando a marca de ter sido um periódico qualificado, avaliação partilhada até mesmo pelos discordantes de sua linha editorial, voltada para o público empresarial.

Antes havia ocorrido o fechamento do também legendário Tribuna da Imprensa, agravando o problema do desemprego crônico de jornalistas, já sem ter para onde correr, além de fazer aumentar a também trágica concentração da informação nesta sociedade.

Se olharmos para cenário internacional também registram-se sucessivos fechamentos de jornais, seja nos EUA ou na Europa. No Brasil, especialistas prevêem a continuidade desta trágica tendência de falência de jornais, de redução de postos de trabalho e de lamentável estreitamento das fontes informativas.

A tragédia está em curso e não se escuta ainda uma proposta alternativa capaz de resolver uma das grandes dívidas acumuladas durante mais de século para com o povo brasileiro, a dívida informativo-cultural. O povo brasileiro é vítima de indicadores raquíticos de leitura de jornal e revista, são trágicas as estatísticas da Unesco, estamos em pior posição que o nível de leitura de jornal na Bolívia, país mais pobre da América do Sul.”
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Comentários

Gilson Raslan disse…
A própria mídia, sobretudo a escrita, cavou e continua cavando a sua sepultura com suas mentiras, meias verdades, ocultação de fatos relevantes para proteger apaniguados ... Com essa atitude suicida, ela perdeu credibilidade e, em consequênca, de leitores.
Penso que a grande mídia jamais vai recuperar o prestígio de que desfrutava há trinta anos atrás.
A televisão está indo pelo mesmo caminho da mídia escrita. Ela só não foi para o mesmo buraco da mídia escrita, porque a grande maioria dos brasileiros, ainda, não dispõe de outros meios de lazer.
Não tenho dúvida de que a internet, dentro de muito pouco tempo, vai tomar o lugar da mídia tradicional.