Não deu no Jornal Nacional: setor de papelão ondulado cresce 16% em março impulsionado pela indústria de alimentos

Daniel Mello, Agência Brasil

“Em março, foram vendidas no Brasil 183,7 mil toneladas de papelão ondulado, superando as expectativas das empresas do setor. O número representa crescimento de 16,4% em relação a fevereiro.
O presidente da Associação Brasileira do Papelão Ondulado (ABPO), Paulo Sérgio Peres, atribuiu o crescimento das vendas ao aumento da demanda pela indústria de alimentos, que absorve 35% da produção do setor.

Segundo Peres, as vendas de fumo, frutas e frango são os principais responsáveis pela melhora no desempenho do papelão. Como o setor trabalha essencialmente com a produção de embalagens, é muito sensível a variações de outras atividades, em especial dos bens não-duráveis. Por isso, Peres diz que o aumento das vendas indica que “diminuiu a desaceleração” causada pela crise financeira. “A crise levou o pessoal a pisar no freio. A cadeia [de produção] estava muito estocada.”

Apesar de Peres apontar o consumo interno como principal impulso para o papelão, os números das exportações, divulgados pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, mostram melhora nas vendas nos itens citados por ele também para o mercado externo.

As exportações do fumo em folhas subiram de US$ 126,8 milhões, em janeiro, para US$154,7 milhões em março; as de frutas, cascas de cítricos e de melões, de US$ 51,3 milhões para US$ 61,7 milhões; e as de frango in natura de US$ 336,6 milhões para US$ 356,7 milhões.

O presidente da ABPO acredita que o mercado de papelão continue se recuperando da forte retração sofrida no final do ano passado, quando a fabricação caiu de 208 mil toneladas, em outubro, para 157 mil toneladas em dezembro. Ele espera que, no meio do ano, a situação alcance a estabilidade, mas em um nível de mercado menor do que existia no ano passado. “A partir de maio e junho, os setores terão um novo patamar de equilíbrio”, afirmou.”

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