"Estratégia de diálogo aberto até com líderes antiamericanos conquista países que viam EUA com suspeita
Patrícia Campos Mello, O Estado de São Paulo
Estreia da "Doutrina Obama" na América Latina foi festejada como "uma nova era" no relacionamento entre os EUA e o resto do hemisfério. O presidente americano, Barack Obama, deixou a Cúpula das Américas em Trinidad e Tobago elogiado por quase todos os líderes da esquerda, que viam com muitas reservas seu predecessor, George W. Bush. O novo líder americano comemorou o resultado de sua estratégia de se aproximar de países adversários. "Nos últimos dias, vimos sinais positivos na natureza das relações entre os EUA, Cuba e Venezuela", disse. Segundo ele, a neutralização das tensões na região fortalece os EUA. "Fica muito mais fácil para países amigos colaborarem conosco porque seus vizinhos e populações nos veem como uma força do bem ou, pelo menos, não como uma força do mal."
Nos EUA, porém, a aproximação de Obama e Chávez causou ruídos. Ontem o senador republicano John Ensign descreveu como "irresponsável" o presidente ser visto sorrindo ao lado de "um dos líderes mais antiamericanos do mundo". Em resposta, Obama reconheceu discordar de Chávez sobre política econômica e externa e sobre a inflamada retórica antiamericana do venezuelano, mas defendeu a nova "relação mais construtiva" com Caracas. "Venezuela é um país cujo orçamento de Defesa é provavelmente ínfimo se comparado ao dos EUA... é improvável que apertar a mão ou ter uma conversa educada com Chávez seja uma ameaça aos interesses estratégicos dos EUA", disse.
Obama defendeu sua doutrina de conversar com nações adversárias, lançada durante a campanha, quando o então candidato declarou que se aproximaria de Irã, Síria, Cuba e Venezuela. "Não concordo com todos os líderes em todas as questões, mas demonstramos aqui que é possível avançar quando há disposição de esquecer discussões antigas e velhas ideologias que têm distorcido o debate neste hemisfério."
Matéria Completa, ::Aqui::
Patrícia Campos Mello, O Estado de São Paulo
Estreia da "Doutrina Obama" na América Latina foi festejada como "uma nova era" no relacionamento entre os EUA e o resto do hemisfério. O presidente americano, Barack Obama, deixou a Cúpula das Américas em Trinidad e Tobago elogiado por quase todos os líderes da esquerda, que viam com muitas reservas seu predecessor, George W. Bush. O novo líder americano comemorou o resultado de sua estratégia de se aproximar de países adversários. "Nos últimos dias, vimos sinais positivos na natureza das relações entre os EUA, Cuba e Venezuela", disse. Segundo ele, a neutralização das tensões na região fortalece os EUA. "Fica muito mais fácil para países amigos colaborarem conosco porque seus vizinhos e populações nos veem como uma força do bem ou, pelo menos, não como uma força do mal."
Nos EUA, porém, a aproximação de Obama e Chávez causou ruídos. Ontem o senador republicano John Ensign descreveu como "irresponsável" o presidente ser visto sorrindo ao lado de "um dos líderes mais antiamericanos do mundo". Em resposta, Obama reconheceu discordar de Chávez sobre política econômica e externa e sobre a inflamada retórica antiamericana do venezuelano, mas defendeu a nova "relação mais construtiva" com Caracas. "Venezuela é um país cujo orçamento de Defesa é provavelmente ínfimo se comparado ao dos EUA... é improvável que apertar a mão ou ter uma conversa educada com Chávez seja uma ameaça aos interesses estratégicos dos EUA", disse.
Obama defendeu sua doutrina de conversar com nações adversárias, lançada durante a campanha, quando o então candidato declarou que se aproximaria de Irã, Síria, Cuba e Venezuela. "Não concordo com todos os líderes em todas as questões, mas demonstramos aqui que é possível avançar quando há disposição de esquecer discussões antigas e velhas ideologias que têm distorcido o debate neste hemisfério."
Matéria Completa, ::Aqui::
Comentários