Cobertura do G-20: Os jornais perdem o jogo

Luciano Martins Costa, Observatório da Imprensa

“O Brasil saiu bonito nas primeiras imagens da cúpula de dirigentes dos vinte países economicamente mais importantes, o G-20, que se realiza na quinta-feira (2/4), em Londres. Não apenas na fotografia dos líderes alinhados com a rainha da Inglaterra, mas principalmente pelo papel central que o País assumiu nos debates sobre as propostas de soluções para a crise internacional.

A anunciada injeção de recursos no valor de US$ 1 trilhão para socorrer países emergentes e pobres mais afetados pela crise encontra o Brasil numa posição privilegiada. Em uma década, passamos de devedores a credores e agora nos habilitamos entre os países que podem emprestar dinheiro ao FMI para reforçar o fundo de socorro.

Entre os jornais brasileiros de circulação nacional, o Estado de S.Paulo é o que mais investe, até aqui, na cobertura do encontro, que deve concentrar hoje suas decisões mais importantes. Depois do evento reunindo os chefes de Estado, ministros e outros representantes dos países e das instituições multilaterais seguirão ajustando detalhes do que for decidido, mas a partir daí o assunto deve sair das manchetes.

Visão insuficiente

Importante é observar se a imprensa consegue passar aos leitores o valor real das resoluções aprovadas. Por enquanto, o noticiário se concentra nas medidas de emergência, deixando em segundo plano as controvérsias que dividem os principais protagonistas desse momento histórico.”
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