Castelo de Areia esconde 'coisas obscuras', diz Protógenes

Laryssa Borges, Portal Terra

“O delegado Protógenes Queiroz, responsável pelas investigações da Operação Satiagraha, da Polícia Federal, afirmou nesta quarta-feira que a Operação Castelo de Areia, que levou à prisão executivos da construtora Camargo Corrêa, pode esconder "coisas obscuras".
Chefe das investigações que culminaram na prisão do banqueiro Daniel Dantas, controlador do grupo Opportunity, Protógenes observou que a própria Satiagraha ainda não tornou públicas todas as informações de que a PF dispõe.

"Acredito que os próprios fatos nos levam a crer que alguma coisa obscura nos revela, que as notícias veiculadas escondem algo maior", comentou o policial após conversar com parlamentares na Câmara dos Deputados.

Protógenes evitou opinar sobre a exclusão do Partido dos Trabalhadores (PT) do rol de legendas supostamente beneficiadas de forma irregular pela Camargo Corrêa, mas disse que "se existe algo irregular ou de fato a ser contradito e confrontado", basta que se apure. E garantiu: "meus colegas da Polícia Federal, em nenhum momento, fracionaram dados ou repassaram (informações) de maneira obscura".

A Operação Castelo de Areia apurou crimes financeiros supostamente cometidos pela empreiteira Camargo Corrêa, como faturamento de obras, fraude a licitações públicas e doações ilegais a partidos políticos. Dez pessoas foram presas, entre elas quatro diretores da construtora. Todos foram soltos por determinação do Tribunal Regional Federal da 3ª Região.

"Insultos e agressões"

Protógenes afirmou ser alvo de "insultos", "agressões" e "atos injustos" de uma "correlação de forças políticas" que buscam transformá-lo de investigador em investigado e desqualificar a investigação que fez contra Dantas.
"Há uma correlação de forças jamais vista no País. Estão tentando desqualificar o trabalho dos policiais. O alvo maior desses insultos, agressões desmedidas e atos injustos é o delegado Protógenes, que vos fala. Tenho tentado, sempre quando possível, esclarecer (os fatos)", disse o delegado, que deveria depor nesta quarta na CPI das Escutas Telefônicas, na Câmara dos Deputados, mas teve sua oitiva adiada para o próximo dia 8.”
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