Thais Bilenky, Terra Magazine"A ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, foi à Força Sindical, em São Paulo, discursar a metalúrgicos sobre a geração de empregos do governo em tempos de crise. Na tarde desta quarta-feria, 18, a ministra negou usar programas públicos com fins eleitorais. A representação do DEM e do PSDB ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) questionando sua conduta é tentativa da oposição de "interditar o governo", defende.
Mas trabalhadores que vieram de todas as regiões do Brasil vê-la na sede paulistana da Força Sindical estavam lá para avaliar seu desempenho como possível presidente do Brasil.
O presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do Sergipe, Nilo de Oliveira (48) diz que votaria na ministra "dependendo das suas propostas". Nas últimas eleições presidenciais, Oliveira votou em Heloisa Helena (PSOL). "Se Lula fosse candidato, votava nele. Agora ela (Dilma)... preciso avaliar", afirma.
O presidente da Federação dos Trabalhadores Metalúrgicos do Nordeste, José Fernandes de Lima (55) diz que "não tem nada contra a ministra". "Para mim, é uma pessoa de confiança do governo. Uma ministra como os outros". Lima, que votou em Cristovam Buarque (PDT) nas últimas eleições, também não tem dúvida:
- Se Lula fosse candidato, votava nele.
Fátima Araújo de Guerra (54), presidente do Sindicato dos Comerciários de Cruzeiro (SP), tem convicção de seu apoio a Dilma para presidente. "Eu, como mulher, mãe, pobre e líder sindical, dou todo meu apoio. Precisamos de uma mulher guerreira. E Dilma é forte", afirma Fátima.
Vice-presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Guarulhos (SP), Célio Malta (38) diz que "pelo seu passado, ela (Dilma) tem o reconhecimento do movimento sindical. Ela é lutadora, guerreira". Para Malta, Dilma no comando do Executivo daria continuidade ao trabalho do presidente Lula de tirar as "classes dominantes do poder”
Terra Magazine / Foto: Thais Bilenk
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