Este terrorismo oriundo do ambiente empresarial e da mídia de massa sobre a crise lembra-nos o mito da Caverna de Platão: pessoas aprisionadas no fundo da caverna, sem nenhum contato com o exterior, percebiam o mundo apenas por meio das sombras, que vinham de fora e eram falsamente entendidas como monstros.
Nesta crise, comunicadores e veículos de comunicação têm criado ambientes cavernosos e de ampliações falsas de percepção. Dados reais de uma pesquisa internacional sobre os efeitos da crise financeira sobre as políticas, planos e ações comunicacionais, foram divulgados nesta semana em seguida a uma reunião da ABERJE, Associação Brasileira de Comunicação Empresarial, e da International Association of Business Communicators, IABC, maior entidade norte-americana de comunicação de empresas.
A pesquisa "Communication and Communicators in the Financial Crisis", mostra que felizmente a maioria dos comunicadores empresariais observa a crise sem se transformar em objeto dela. O trabalho realizado pela IABC, em parceria com a Mercer, foi aplicado em 1.442 membros da IABC, entre 29 de outubro e 12 de novembro de 2008. Entre os respondentes, 59% estavam nos EUA e 26% em empresas no Canadá. O complemento da amostra veio de países como Brasil, Austrália, China, entre outros.”
Paulo Nassar, Terra Magazine
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