MST denuncia Estado policial no Sul

“Movimentos sociais se queixam de monitoramento da vida de líderes comunitários

Representantes de movimentos sociais e sindicais denunciaram, ontem, à Comissão Especial do Conselho de Defesa da Pessoa Humana, órgão ligado à Secretaria Especial de Direitos Humanos da Presidência da República, a criação de um estado policialesco, capaz de monitorar a vida de líderes comunitários, recorrer à tortura psicológica e praticar atos de violência contra manifestantes no Rio Grande do Sul.

As denúncias foram feitas ao longo de três horas por pessoas que sofreram ou testemunharam agressões durante dispersão de protestos e/ou desocupação de terras e de imóveis públicos e privados nos últimos anos. Entre os casos relatados está o da desocupação da Fazenda Tarumã, em Rosário do Sul, em março deste ano, com um saldo de 50 pessoas feridas, e a repressão a um protesto contra o governo de Yeda Crusius (PSDB), com mais de 17 feridos e 17 presos, em junho último. O Comitê Estadual Contra a Tortura também narrou pressões psicológicas, ameaças de agressões sexuais e humilhações praticadas por soldados da Brigada Militar contra sem-terra e suas famílias depois de uma desocupação da Fazenda Coqueiros, em Coqueiros do Sul.”
Tribuna da Imprensa
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