Ex-executivo da Alstom teria admitido propinas

“Um ex-executivo da Alstom preso na Suíça teria confirmado aos investigadores europeus que de fato houve pagamentos de propinas a funcionários públicos no Brasil pela empresa e que um dos esquemas usados ocorria via o Uruguai. Mais de US$ 50 milhões teriam passado por esse canal ao País em quase uma década.

Há duas semanas, o jornal "O Estado de S. Paulo" revelou o nome do suíço que está sendo investigado como a pessoa que encabeçava o esquema de pagamentos de propinas na gigante francesa para a obtenção de contratos em todo o mundo. Trata-se de Bruno Kaelin, que era o responsável pelos contratos da empresa e fazia parte do alto comanda da Alstom.

Ele ainda está preso, diante do temor da Justiça suíça de que ele destrua evidências se for autorizado a permanecer em liberdade. Segundo fontes no Ministério Público Suíço, Kaelin, em um interrogatório, confirmou algumas das suspeitas, mas se recusou a dar o nome das pessoas que teriam recebido o dinheiro.

Neste fim de semana, o "Wall Street Journal" revelou que a Justiça suíça já acredita que o pagamento de propinas pela Alstom chegou a US$ 500 milhões e que as atividades ilegais teriam superado em muito o prazo que a Justiça acreditava que teriam ocorrido. Inicialmente, a suspeita era de que os pagamentos pararam em 2003, quando dar dinheiro a funcionários públicos estrangeiros se tornou um crime para os países da OCDE.”
Tribuna da Imprensa
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