Coisas de tucanos I: publicitário deixa campanha de Alckmin e ataca serristas
Pacheco, que será substituído por Raul Cruz Lima, critica sobretudo os "lobos em pele de cordeiro" -referência velada a José Henrique Reis Lobo, presidente do PSDB municipal e secretário do governador.
FOLHA - O que deu errado?
LUCAS PACHECO - Desde o princípio entendi que o Geraldo corria em faixa própria. Costumava dizer que estávamos na Castelo Branco. À direita, o prefeito, contando com a simpatia da máquina estadual. À esquerda, a candidata do PT, também numa faixa muito bem pavimentada. Para nós sobrou o canteiro central: a grama. Eu dizia que o Geraldo era o candidato off-road.
FOLHA - Qual foi a linha decidida antes de o programa de TV estrear?
PACHECO - O primeiro programa foi para o ar em 20 de agosto. Reapresentava o Geraldo ao eleitor. No segundo programa, dois dias depois, começamos a executar a estratégia de colocar o dedo na ferida. Dos problemas da saúde, da educação. O Tobias da Vai-Vai cantava um samba quase fúnebre que dizia que faltam mais de cem mil vagas nas escolas e nas creches. No dia seguinte, um sábado, o mundo tucano-kassabista, ligado ao governo do Estado, caiu sobre a cabeça do candidato. Começou uma pressão insuportável. Diziam que estávamos batendo na gestão do Serra na prefeitura. Estávamos mostrando os problemas. Não dá para fazer campanha autista.
FOLHA - Quem fazia a pressão?
PACHECO - Os lobos em pele de cordeiro. Que se diziam porta-vozes da insatisfação do Serra. Fizeram uma orquestração para acuar o candidato. Tentar espremê-lo. Assim como tentaram, primeiro, inviabilizar a candidatura, trabalharam depois para tornar seu discurso inviável. Se ele não puder apontar os problemas, vai dizer o quê? Não é o prefeito. Não foi prefeito. É um ex-governador que acredita ter uma missão. E eu acredito que ele tem. Mas não deixaram ele falar. Quero deixar registrado que, no meio de todo esse processo, ele teve dois leões ao lado dele: o Edson Aparecido [coordenador-geral da campanha] e o Julio Semeguini [deputado federal muito próximo a Alckmin].
FOLHA - "Lobos em pele de cordeiro" é referência a José Henrique Reis Lobo, secretário do governo Serra e presidente do PSDB municipal?
PACHECO - É uma referência a todos os que diziam ao candidato que ele deveria esquecer o Kassab e falar apenas da Marta, que ele podia acreditar que estava muito próximo o dia em que o PSDB ia chegar junto. O PSDB que ele não tem. Foram muitos acenos. Diziam que ele teria apoio explícito, e não apenas gravado
Renata Lo Prete, Folha de São Paulo
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Coisas de tucanos II: o jantar da arrancada clivada!
“O candidato do PSDB à Prefeitura de São Paulo, Geraldo Alckmin, admitiu hoje que vai se esforçar para melhorar sua campanha na rua e na televisão. O empenho começa amanhã, em jantar organizado pelo diretório municipal do partido para reforçar o apoio de caciques tucanos à candidatura de Alckmin e arrecadar recursos. Segundo o candidato, serão distribuídas tarefas de campanha aos correligionários. "É um encontro de companheiros para que a gente avance. Vamos procurar que o PSDB todo entre na campanha."
Yahoo / AE
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Coisas de tucanos III: alckmistas pedem expulsão de aliados de Kassab
“Irritados com os tucanos que estão apoiando a reeleição do prefeito Gilberto Kassab (DEM) em prejuízo do candidato do próprio partido, aliados de Geraldo Alckmin defenderam a expulsão dos dissidentes. Houve até veto à presença de vereadores que apóiam a campanha de Kassab, bem como de tucanos que integram sua administração (entre eles Walter Feldmann e Alexandre Schneider), no jantar marcado para as 20 horas de hoje, no Jockey Club. O evento já tem confirmada a presença do governador José Serra e do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso.
A amigos, o presidente do PSDB paulistano, José Henrique Reis Lobo - que é secretário do governo Serra -, reconheceu ser "insustentável" a permanência dos aliados de Kassab no partido.
A temperatura da crise no partido começou a aumentar no fim de semana, depois que pesquisa do Datafolha revelou empate técnico entre Alckmin e Kassab. Um dia depois, reunião com cerca de 150 tucanos em um hotel na Liberdade revelou um clima ainda pior.”
Ana Paula Scinocca e Gabriel Manzano Filho, O Estado de São Paulo
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