Desta vez, o governo não quis pagar o preço de um desgaste prolongado, cultivado pela imprensa em plena campanha eleitoral, e fez a vontade da trupe dantesca cortando na própria carne. Nesta segunda-feira (1º), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva determinou o afastamento de toda a direção a Agência Brasileira de Inteligência (Abin) por causa dos suspostos grampos telefônicos que atingiram o presidente do Supremo Tribunal Federal, Gilmar Mendes, e outras autoridades do governo e da oposição.
Como disse o jornalista Fernando Barros da Silva em sua coluna desta segunda-feira na Folha de S. Paulo, ''foi preciso que os arbítrios da polícia chegassem ao topo do edifício social para que os arautos da legalidade começassem a se movimentar, veementes, indignados''.
O jornalista julga que há coisas nebulosas e muitos interesses em jogo a serem esclarecidos e alerta que não se pode permitir que ''em nome da boa causa contra as ilegalidades da polícia, os veementes invoquem uma hipotética ameaça institucional para preservar privilégios e perpetuar a impunidade de uma casta que vive zombeteira acima da lei, como é óbvio ululante há 500 anos''.
Cláudio Gonzalez, Vermelho.org
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