"É inevitável que um país com a tradição milenar da China, a segunda civilização mais antiga da História, com 1,3 bilhão de habitantes, e taxas de crescimento sem precedentes de 10% ao ano nas últimas duas décadas se torne uma superpotência no mundo globalizado.
No final do século 15, quando começa a expansão colonial marítima européia, o imperador retirou a frota chinesa do Oceano Índico. A partir daí, o país se fechou. Mais uma vez, a China se autodestruiu em conflitos internos. É um país imenso, de 9,6 milhões de quilômetros quadrados (o Brasil tem 8,5 milhões de km2) sem fronteiras naturais.
Na Antigüidade, era o Império do Centro, o centro do universo conhecido na Ásia, o país dos poetas e dos filósofos, de pensadores como Confúcio e Lao-Tsé. Sua herança agora é resgatada para a construção do poder suave, ideológico, da nova superpotência.
Essa ordem sino-cêntrica só foi rompida pelas Guerras do Ópio (1839-42), quando os ingleses tomaram Hong Kong e impuseram o livre comércio para vender ópio e narcotizar o país. É o marco do avanço imperial europeu sobre a China. Depois, o Japão derrotaria a China na Guerra Sino-Japonesa (1894-95), transformando-se em potência regional.”
Nelson Franco Jobim, Direto da Redação
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