"A mais recente cartada do banqueiro Daniel Dantas foi tentar envolver o diretor-geral da Abin (Agência Brasileira de Inteligência), Paulo Lacerda, em seu depoimento na CPI dos Grampos. Disse o banqueiro que a Operação Satiagraha seria uma "retaliação" à acusação instrumentada pelo próprio Dantas, há dois anos, de que o ex-ministro da Justiça Márcio Thomaz Bastos e Paulo Larceda, à época na direção da Polícia Federal, estavam envolvidos numa fantasiosa rede de contas secretas no exterior. A tese foi investigada pela revista Veja, que não a assumiu como verdadeira.
(...)Alvo de pedradas, a Abin recebe o mesmo tratamento da imprensa brasileira e de parte da sociedade, avaliam servidores. Já Lacerda entende que um país como o Brasil, que pretende ter mais expressão na esfera mundial, com novas reservas de petróleo descobertas em território brasileiro, precisa de um setor de inteligência cada vez mais forte e respeitado.
Conta a favor de Lacerda nesse argumento o decreto número 6.540, publicado nesta mesmíssima quarta-feira 20, no Diário Oficial da União. Leva a assinatura do presidente Lula, do ministro da Defesa, Nelson Jobim, do da Justiça, Tarso Genro, do chefe do Gabinete de Segurança Institucional, general Jorge Armando Felix, e do secretário-geral do Itamaraty, Samuel Pinheiro Guimarães Neto.
O decreto dispõe sobre a organização e o funcionamento do Sistema Brasileiro de Inteligência. Determina: "A Abin poderá manter, em caráter permanente, representantes dos órgãos componentes do Sistema Brasileiro de Inteligência no Departamento de Integração do Sistema Brasileiro de Inteligência".
Raphael Prado, Terra Magazine
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