Encomenda, a segunda natureza do jornalismo?

“A manchete do jornal O Globo, de 24 de agosto, "denunciando" que "cada medalha custou R$ 53 milhões à União", é um primor em matéria de distorção e ocultamento da verdade. A reportagem mostra que o jornalismo de encomenda não poupa esforços quando o alvo é o governo federal.

Que ganha bem um editor de primeira página de O Globo ninguém duvida. "O valor do sal" é calculado de acordo com a "esperteza" dos bem selecionados peixinhos do aquário. A manchete de domingo, 24 de agosto, "Cada medalha custou R$ 53 milhões à União", é um primor em matéria de distorção e ocultamento da verdade. A reportagem, alusiva aos investimentos públicos feitos, em quatro anos, através da lei Piva e de recursos de estatais a diversas modalidades olímpicas, mostra que o jornalismo de encomenda não poupa esforços quando o alvo é o governo federal.

Talvez a melhor análise já tenha sido feita pelo leitor Álvaro Marins em comentário a um artigo que versava sobre outro assunto. O que o jornal tentou ocultar foi "que as empresas brasileiras públicas estão fazendo um investimento médio de R$ 8.000,00 por mês, por atleta, para que ele tenha treinamento e equipamentos adequados para participar com brilho de competições internacionais (que a Globo não transmite), entre elas, os Jogos Olímpicos (cujas competições a Globo só transmite se elas não alterarem a sua grade de programação). Enfim, hoje o leitor de manchetes de O Globo ficou sabendo que o governo Lula investe no esporte (como todo governo responsável) e que as Organizações Globo ficam muito aborrecidas com isso". Na mosca, Marins, na mosca.”
Gilson Caroni Filho, Carta Maior
Matéria Completa, ::Aqui::

Comentários