“O ministro da Justiça, Tarso Genro, defendeu nesta quinta-feira a punição para militares que, na época da ditadura militar no País, torturaram presos políticos. No entender do ministro, essas práticas constituem crimes comuns, e não crimes políticos, e por isso seus autores não podem ser beneficiados pela anistia de 1979. As declarações foram feitas em evento realizado no Ministério da Justiça para discutir justamente a responsabilização dos agentes da ditadura.
Diante de juristas, autoridades ligadas aos direitos humanos e outros especialistas no tema, Tarso Genro fez um discurso cauteloso mas defendendo a punição dos torturadores, e negou que se trata de um “revanchismo” contra os membros das Forças Armadas. De acordo com o presidente da Comissão de Anistia do Ministério da Justiça, Paulo Abrão, nunca um militar torturador foi responsabilizado por tortura em função dos efeitos da Lei da Anistia, que representou um “perdão” para militares e ativistas políticos envolvidos na luta armada.
Tarso Genro disse que os militares “extravasaram o mandado (poder) dado pelo Estado” e ainda criticou blogs na internet, provavelmente feitos por pessoas ligadas a militares da época da ditadura, que atacam a tentativa de responsabilização dos torturadores.”
Último Segundo / AE
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