A semana da “grande degola" na imprensa norte-americana

“A última semana de junho vai entrar para a história dos Estados Unidos como o período do pior massacre de empregos desde que Benjamin Harris publicou o Publick Ocurrences, o primeiro jornal norte-americano, em 1690.

Cerca de mil jornalistas foram demitidos de jornais como The Baltimore Sun, The Boston Globe e San Jose Mercury News, publicações de primeira linha na imprensa norte-americana. Em pouco mais de uma semana a crise na indústria dos jornais fez mais vítimas do que nos três últimos anos.

O clima de pessimismo, que já era grande, ficou ainda mais pesado nas redações, porque os profissionais começam a perder a perspectiva do que ainda pode acontecer. Timothy Eggan, ex-redator estrela do The New York Times, prêmio Pulitzer e autor de cinco livros, comparou a cobertura das dificuldades na imprensa norte-americana à “leitura de uma coluna de obituários”.

No Brasil crescem a cada dia os rumores sobre a venda dos jornais do grupo O Estado de S.Paulo, um dos ícones da imprensa brasileira e cuja sobrevivência estaria ameaçada a médio prazo, segundo informações que circulam no mercado financeiro.”
Carlos Castilho, Observatório da Imprensa
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