“Precisamos, nós da esquerda, aprender de uma vez por todas que a história não está do lado de ninguém e muito menos há tribunal com leis objetivas. O resultado da luta política depende da capacidade que teremos para mobilizar, mas não é nem um pouco secundário analisar corretamente o que está ocorrendo.
Fossem outros os tempos e esse lembrete talvez fosse totalmente desnecessário. A distorção vista nas primeiras páginas dos jornais de hoje, 1º de julho de 2008, sobre os dados da pesquisa CNI/IBOPE, é a repetição de um exaustivo exercício da imprensa brasileira. A avaliação do governo por área de atuação cai como luva para manchetes como a do Jornal do Commercio, de Pernambuco: “Inflação assusta 65% dos brasileiros". O padrão de ocultamento é acintoso.
Recriando a realidade do seu jeito e de acordo com seus interesses político-partidários, o jornalismo reafirma, de forma inequívoca, sua instrumentalidade na luta das classes dominantes. Mostra que, tal como os partidos conservadores, os jornais procuram conduzir a sociedade de acordo com seus interesses históricos. E, nesse marco, operam toda sorte de deslocamentos semânticos possíveis. Ficar atentos a critérios interpretativos da grande imprensa, ao invés de endossá-los prontamente, é o mínimo que se pede a quem se supõe dotado de consciência crítica.”
Gilson Caroni Filho, Carta Maior
Artigo Completo, ::Aqui::
Comentários