Cautelas e dúvidas sempre cabem. Nem tanto em relação ao governo do presidente Lula, que age agora com insólita firmeza depois de muitas tergiversações, abençoadas pela ministra do Supremo Ellen Gracie, e a despeito de claras divergências dentro da própria corporação policial. As dúvidas maiores dizem respeito ao establishment, a viver no momento entre o espanto e o pânico, na percepção de que o entrecho é muito maior e mais complexo do que parece.
Não causa surpresa, pelo contrário, a reação imediata do império midiático, porta-voz dos graúdos do Brasil, dos senhores, dos barões. Está claro o empenho em conter a situação dentro dos limites do passado próximo e do presente, como se a origem da investigação remontasse apenas e tão-somente ao chamado mensalão. No entanto, é do conhecimento até do mundo mineral que o fio da meada está no primeiro mandato de Fernando Henrique Cardoso, na infame marmelada das privatizações, quando o Opportunity se tornou o banco do tucanato, depois de ter prestado inestimáveis serviços ao PFL.”
Mino Carta, Carta Capital
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“De resto, a questão ainda não chegou ao ponto de fervura. Esta operação batizada em sânscrito tende a ser, entretanto, o começo de uma mudança capital na história do País. Assim seria se o Estado provasse sua disposição e sua capacidade de debelar a corrupção e a sociedade a mesma determinação para afastar quem a envergonha. Envergonha?
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