Contra o monopólio da informação

“Lembro-me de que fui designada pela TV Globo para cobrir o primeiro dia do general João Figueiredo, depois que ele deixou a presidência. Estávamos todos nós da imprensa em frente ao prédio onde morava um amigo dele, o empresário libanês George Gazale em Ipanema, no Rio, para onde ele foi direto, com Dona Dulce, assim que chegou de Brasília.

Os leitores podem imaginar a quantidade de jornalistas no local, todos querendo ouvir alguma coisa polêmica do ex-presidente que disse uma vez que “preferia o cheiro dos cavalos ao cheiro do povo”. Figueiredo deixou Brasília sem dar posse ao seu substituto – Tancredo tinha caído doente - e se despediu pedindo ao povo que o esquecesse. Ou seja, Figueiredo era um prato cheio para os jornalistas.

Daí, a multidão de repórteres de jornais, revistas e TVs na expectativa de algum acontecimento. Como repórter da Globo, eu sabia que a TV Manchete estava em ascenção. Não deixava escapar uma em qualquer cobertura jornalística. Priorizava a notícia acima de tudo e despontava como a primeira concorrente séria da líder, pelo menos no jornalismo. Por isso mesmo, todo cuidado era pouco para não levar um furo.”
Leila Cordeiro, Direto da Redação
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