O alerta que vem da Argentina

“Um grupo de mais de 750 intelectuais argentinos lançou uma carta-aberta alertando para o crescimento de um clima golpista no país, com participação ativa dos grandes meios de comunicação. E adverte governos latino-americanos para uma batalha simbólica que eles não estão enfrentando.

No dia 14 de maio, um grupo de intelectuais argentinos reuniu-se na livraria Gandhi, em Buenos Aires, para divulgar uma carta-aberta sobre a situação política do país. Estavam presentes nomes como Horacio Verbitsky, Nicolás Casullo, Ricardo Forster e Jaime Sorín, entre outros. Assinada por mais de 750 intelectuais, a carta denuncia o clima de golpismo que vem sendo alimentado na Argentina pelos setores conservadores ligados ao agronegócio e seus aliados urbanos. Além disso, o documento critica fortemente a atuação dos grandes meios de comunicação na formação desse clima. A carta afirma:

“Como em outras circunstâncias de nossa crônica contemporânea, hoje assistimos em nosso país a uma dura confrontação entre setores econômicos, políticos e ideológicos historicamente dominantes e um governo democrático que tenta implementar determinadas reformas na distribuição de renda e adotar estratégias de intervenção na economia. A oposição às retenções – compreensível objeto de litígio – deu lugar a alianças que chegaram a lançar a ameaça da fome para o resto da sociedade e lançaram questionamentos sobre o direito e o poder político constitucional do governo de Cristina Fernández para efetivar seus programas de ação, a quatro meses de sua eleição pela maioria da sociedade”.
Marco Aurélio Weissheimer, Carta Maior
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