Especialistas analisam em Madri mudança vivida pelo jornalismo

“O Jornalismo vive uma "mudança de época" proporcionada pela revolução digital que transformou dramaticamente o papel social e político dos meios de comunicação, segundo especialistas reunidos em Madri pela Fundação Novo Jornalismo Ibero-americano (FNPI), presidida por Gabriel García Márquez. Organizado pela Casa da América e pela Agência Efe para a Tribuna Ibero-Americana, a Fundação convidou para o debate três dos professores da Fundação: o brasileiro Rosental Alves, o francês Jean François Fogel e o espanhol Gumersindo Lafuente. Um quarto docente da escola de jornalismo fundada e inspirada pelo prêmio Nobel de Literatura colombiano chamou para anfitrião o presidente da Agência Efe, Álex Grijelmo, que apresentou seus companheiros como "autênticas referências do novo jornalismo, mas que procedem do anterior" e como "professores de nossa profissão". Os três concordaram na certeza de que a mudança já começou a ser produzida e de que é incerto o alcance de uma transformação "gigantesca, só comparável ao que ocorreu quando Johannes Gutenberg inventou a imprensa moderna", disse Alves.(...)

Os efeitos, explicou, já são notados: "Nos Estados Unidos é um verdadeiro banho de sangue nas redações. Ao longo da década, 3.600 postos de jornalistas foram eliminados".

Fogel, impulsor da página digital do francês "Le Monde", declarou que estamos perante "um mundo totalmente transformado", no qual os jornais de papel "perdem circulação e publicidade a um nível que era muito difícil de imaginar há pouco tempo".

"Morrerá o jornal que chega para nos dizer o que ocorreu ontem, porque o que passou ontem já lemos, já vimos e já comentamos", previu Fogel, que acredita que o futuro do jornal clássico é "seguir assumindo o papel de aglutinador político, o papel de um meio que ajuda a sociedade a se encontrar".
Último Segundo / EFE
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