“Enfim, o Brasil realiza debates contundentes sobre o papel das concessões públicas de rádio e TV. Em 28 de maio do ano passado, quando o presidente da Venezuela Hugo Chávez não renovou a concessão do canal RCTV (o mais antigo e com maior audiência no país) os jornais O Estado de S.Paulo, Folha de S.Paulo, O Globo, além da rede de TV Globo (através do Jornal Nacional) e a Editora Abril (através de Veja), foram unânimes e os primeiros a condenarem a decisão. "Atentado à liberdade de imprensa", esbravejaram a cada imagem, a cada linha, a indignada famiglia oligárquica das comunicações no Brasil.
O medo dos Mesquita, dos Frias, dos Marinho, dos Civita, dos Saad e dos Abravanel é de que essa discussão chegasse ao Brasil. E ela realmente chegou, definitivamente. Não através dos veículos comandados pela mesma famiglia, mas sim pela imprensa alternativa, principalmente por meio da rede mundial de computadores, a internet. Hoje, aumentou a parcela da população que tem consciência de que a TV Globo, a Band, a Record, o SBT, assim como as rádios pertencentes a essas emissoras (e a tantas outras) são concessões públicas. Não pertencentes à iniciativa privada, mas sim à população, aos chamados "cidadãos comuns", e que o papel do Estado é de gerenciá-las. Roberto Marinho, por exemplo, não era proprietário da Rede Globo. Em tese, ele recebeu uma concessão temporária e deveria veicular programação de interesse social, a fim de manter-se no ar.”
Lucas Krauss Queiroz, Fazendo Media
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