“Ministro fala em modelo social-desenvolvimentista, com mais inclusão, menos disparidades regionais e crescimento equilibrado
A expressão social-desenvolvimentismo tem sido repetidamente utilizada pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega, para nomear o que seria um modelo econômico adotado pelo governo Lula. Nos seminários, palestras e audiências públicas no Congresso em que é convidado a falar, Mantega afirma que esse novo modelo vai levar a economia brasileira a ter taxas de crescimento mais aceleradas, com maior distribuição de renda.
Em síntese, nesta entrevista ao Estado, o ministro assenta o social-desenvolvimentismo em três pilares: mercado de consumo de massa, nova classe média e sinocentrismo. A Fazenda está preparando um documento com uma explicação detalhada sobre esse modelo. Para Mantega, trata-se de "uma terceira via econômica", que passa ao largo da ortodoxia e da heterodoxia econômicas. A seguir, os principais trechos da entrevista.
O que é que o sr. chama de social-desenvolvimentismo?
É um crescimento qualitativamente diferente do passado, mais equilibrado e que faz inclusão social com redução de desigualdades regionais. No passado, tivemos períodos de grande crescimento, mas com desequilíbrios que comprometeram o futuro. A diferença hoje é que o bolo é dividido à medida que está sendo produzido (na época do milagre econômico, gestão do então ministro Delfim Netto, defendia-se que a economia tinha de crescer primeiro para depois se dividir os bônus). O novo modelo quer o dinamismo do desenvolvimentismo, mas beneficiando a população.”
O Estado de São Paulo
Entrevista Completa, ::Aqui::
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